Em 7 de janeiro de 2024, o Irã ativou o radar avançado “Nazir”, com alcance de até 800 km, nas montanhas da província de Gilan, no noroeste do país. Este sistema OTH (over-the-horizon) integra a defesa aérea iraniana e monitora tanto o espaço aéreo do norte do Irã quanto regiões estratégicas ao redor, incluindo o Mar Cáspio e partes de países vizinhos, como Azerbaijão e Turquia. Sua localização reforça a capacidade de vigilância contra possíveis ameaças aéreas.

Projetado para detectar alvos em altitudes superiores a 30 km, o radar Nazir identifica drones furtivos, aviões stealth e mísseis de cruzeiro, mesmo com baixa assinatura radar. Desenvolvido internamente desde 2016, o sistema utiliza tecnologias avançadas, como salto de frequência e resistência a guerra eletrônica, permitindo lidar com mísseis antirradiação e rastrear drones como o RQ-4 Global Hawk e aeronaves de reconhecimento como o U-2.

O sistema foi estrategicamente instalado em terrenos elevados e planos para maximizar a cobertura em regiões sensíveis, como as fronteiras com Azerbaijão e Turquia. A ênfase em operações multifrequência dificulta sua detecção ou interferência por adversários. Este posicionamento ocorre em meio a tensões regionais crescentes, especialmente após ataques a instalações iranianas em 2024, onde o espaço aéreo do Mar Cáspio e a cooperação do Azerbaijão foram supostamente usados.

Como peça-chave da estratégia de defesa aérea do Irã, o Nazir oferece capacidades de alerta precoce e fortalece a proteção contra ameaças aéreas em evolução. Sua implantação reflete os esforços do Irã em modernizar sua infraestrutura militar, garantindo soberania no espaço aéreo e consolidando sua posição em uma região marcada por dinâmicas geopolíticas complexas.

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