A-10 Thunderbolt II em combate na Síria
Jatos de ataque A-10 Thunderbolt II da Força Aérea dos EUA foram filmados hoje em ação na Síria. Um A-10C foi avistado perto de Deir Ezzor, apoiando os avanços das SDF (Forças Democráticas da Síria) contra o ISIS e as forças apoiadas pelo Irã ao longo do Eufrates.
As imagens mostram o A-10 de apoio aéreo aproximado conduzindo ataques hoje mais cedo, enquanto lançava flares sobre a província de Deir ez-Zor.
Em resposta às crescentes ameaças à segurança, as SDF mobilizaram forças para proteger as vilas em Deir Ezzor. Elas continuam a proteger as comunidades locais da ameaça do ISIS.
VÍDEOS: A-10 Thunderbolt II em operação na Síria
O ISIS salvou o A-10
A USAF tinha decidido desativar o A-10 para redirecionar o orçamento e pessoal de manutenção para o F-35. Mas com o surgimento do ISIS, aumentou a pressão de políticos e de “think tanks” para manter o A-10 em operação por mais tempo.
O A-10, construído durante a Guerra Fria para caçar tanques soviéticos na Europa, teve participação importante na Guerra do Golfo em 1991, na Operação Desert Storm. O avião tem grande autonomia de voo, é altamente manobrável em baixas altitudes e pode também voar em baixas velocidades. Quando as tropas amigas no solo encontram-se em apuros e muito próximas do inimigo, o A-10 pode lançar bombas, mísseis ou usar seu canhão de 30 mm minimizando o risco de fogo amigo.
Em novembro de 2015, durante a operação Tidal Wave II, os A-10 combinados com aviões AC-130 destruíram 116 caminhões-tanque do ISIS.
A-10 Thunderbolt II na Operação Desert Storm, em 1991
O Fairchild Republic A-10 Thunderbolt II “Warthog” é a única aeronave da história da USAF projetada especificamente desde o início para missões de apoio aéreo aproximado.
Ele foi projetado para sobreviver a um ambiente de intenso fogo antiaéreo incluindo canhões antiaéreos e mísseis guiados por infravermelho e por radar, sendo capaz de absorver danos em batalha e continuar a voar. De fato, o A-10 é provavelmente a aeronave mais difícil de derrubar devido à sua extrema manobrabilidade, contra medidas eletrônicas, tanques de combustível auto-selantes, motores a jato bem separados, dois lemes, sistema de voo de backup e longarinas redundantes nas asas.
Um total de 165 jatos A-10 Thunderbolt II foi deslocado de 5 diferentes unidades para participar da Operação Desert Storm em 1991, para expulsar as forças iraquianas que tinham invadido o Kuwait. 144 aeronaves foram agrupadas sob a Ala Provisória 354th no início. Aeronaves adicionais foram incorporadas posteriormente para substituir aeronaves abatidas ou avariadas em combate.
Juntas, aeronaves A-10 e OA-10 realizaram 8.624 missões de combate mantendo 95.7% de disponibilidade, 5% a mais do que a alcançada em tempo de paz, a mais alta entre as aeronaves da USAF. Os A-10 atingiram as seguintes marcas durante a Operação Desert Storm:
- 967 tanques destruídos
- 1.026 peças de artilharia destruídas
- 1.306 caminhões destruídos
- 281 estruturas militares destruídas
- 53 mísseis Scud destruídos
- 10 aeronaves no solo destruídas
- 2 helicópteros destruídos no ar
Os pilotos de A-10 voaram até 3 missões por dia e destruíram 1/4 do arsenal total do Iraque. Quase sempre expostos ao fogo antiaéreo e mísseis superfície-ar, os altamente manobráveis A-10 receberam severos danos de combate durante a Desert Storm.
Cinco aeronaves A-10 foram abatidas e uma sexta aeronave foi perdida num pouso de emergência após ter sido severamente avariada em combate. Cerca de 20 aeronaves sofreram danos significativos em combate.
No total, metade da frota empregada nas operações (cerca de 70) sofreu algum tipo de dano.