A Korea Aerospace Industries (KAI) assinou um memorando de entendimento com a empresa peruana SEMAN para possibilitar a produção local de componentes do caça KF-21, caso o Peru opte por adquirir a aeronave. A iniciativa faz parte da estratégia da KAI para expandir sua presença na América Latina, oferecendo ao Peru os caças FA-50 e KF-21 Boramae, em um momento em que a Força Aérea Peruana busca substituir 24 aeronaves MiG-29 e Su-25 da era soviética.

O acordo segue um movimento semelhante firmado em julho para peças do FA-50 e destaca o papel estratégico do Peru como porta de entrada para o mercado sul-americano. A SEMAN já possui experiência com plataformas sul-coreanas, tendo montado 16 dos 20 treinadores básicos KT-1 em serviço no Peru, o que fortalece a colaboração entre os países.

Durante a cerimônia de assinatura, que contou com os presidentes da Coreia do Sul e do Peru, o CEO da KAI destacou que, ao adquirir o KF-21 e o FA-50, o Peru se tornará o primeiro cliente estrangeiro a operar as principais aeronaves de asa fixa da KAI. O processo de aquisição é competitivo, com outras opções como o F-16V da Lockheed Martin, o Gripen E da Saab e o Rafale da Dassault, sendo fatores como custo, transferência de tecnologia e colaboração industrial determinantes para a decisão final.

 

O FA-50 já está em operação em países como Polônia, Filipinas e Malásia, enquanto o KF-21, atualmente em fase de testes de voo, ainda não garantiu exportações. A aeronave deve entrar em serviço na Força Aérea da Coreia do Sul em 2026, consolidando-se como uma opção moderna no mercado de defesa.

Com o acordo, a KAI reforça seu compromisso em expandir sua atuação internacional e promover transferência de tecnologia. A parceria com o Peru pode marcar um avanço significativo para ambas as partes, consolidando o papel da Coreia do Sul como um fornecedor estratégico de equipamentos de defesa na América Latina.

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