Satélite fabricado pela Boeing se desintegra no espaço
Um satélite de comunicação fabricado pela Boeing, que enfrenta uma série de desafios, se desintegrou enquanto estava em órbita. O operador do satélite, Intelsat, confirmou a “perda total” do iS-33e, o que afetou clientes na Europa, África e partes da região Ásia-Pacífico. A Intelsat afirmou estar conduzindo uma “análise abrangente” para entender o incidente, em colaboração com a Boeing e agências governamentais, para avaliar os dados e observações.
Além de lidar com este incidente, a Boeing enfrenta problemas em outras áreas, como uma greve na sua divisão de aviões comerciais e complicações com sua espaçonave Starliner. O Departamento de Defesa dos EUA, por meio de seu site de rastreamento espacial SpaceTrack, confirmou o incidente e informou que está rastreando cerca de 20 pedaços de destroços associados ao satélite.
Dois astronautas ficaram presos na Estação Espacial Internacional (ISS) após a cápsula Boeing Starliner, que os levou até lá, ser considerada inadequada para o retorno à Terra. Os astronautas devem voltar à Terra no próximo ano a bordo de uma espaçonave da SpaceX, de Elon Musk, destacando os desafios que a Boeing enfrenta com sua cápsula Starliner.
Desde o mês passado, a Boeing também lida com uma greve envolvendo mais de 30.000 trabalhadores em sua divisão de fabricação de aviões comerciais, o que aumenta a pressão sobre a empresa. Os membros do sindicato votarão em uma nova proposta da empresa, que inclui um aumento salarial de 35% ao longo dos próximos quatro anos, em uma tentativa de resolver o impasse.
Além disso, a Boeing anunciou que está buscando até US$ 35 bilhões em novos financiamentos e que começará a demitir cerca de 17.000 funcionários, aproximadamente 10% de sua força de trabalho, a partir de novembro. Em julho, a Boeing aceitou se declarar culpada em uma acusação de conspiração de fraude criminal, concordando em pagar pelo menos US$ 243,6 milhões, após quebrar um acordo relacionado aos acidentes fatais envolvendo dois aviões 737-MAX, que mataram 346 pessoas há mais de cinco anos.
FONTE: BBC