Comandante da FAB defende compra de novo avião presidencial após incidente com aeronave de Lula

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Airbus VC-1A - Foto: Alexandro Dias

O comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, afirmou que ainda não há indícios de que o motor do avião presidencial tenha sido atingido por um pássaro no incidente ocorrido após a decolagem na Cidade do México. O problema, identificado como alta vibração em uma das turbinas, forçou o retorno da aeronave ao aeroporto. Técnicos da Cenipa e da empresa Latam estão no México para avaliar a situação da aeronave.

Damasceno defendeu a compra de uma nova aeronave para o presidente Lula, destacando que o atual avião tem 20 anos de uso e que um modelo mais moderno ofereceria maior autonomia e espaço, condizente com o status de uma das maiores economias do mundo. Ele ressaltou que, apesar de seguro, o atual avião não possui sistema de alijamento de combustível, o que forçou a aeronave a voar em círculos para reduzir o peso antes de pousar com segurança.

O incidente ocorreu logo após a decolagem no dia 1º de outubro, quando a aeronave precisou realizar cerca de 50 voltas sobre o território mexicano durante quase cinco horas para esvaziar o tanque de combustível. Lula e sua comitiva embarcaram em um avião reserva e seguiram viagem para Brasília, chegando apenas na manhã do dia seguinte.

Lula demonstrou insatisfação com as condições do voo, relatando falta de comunicação com o Planalto em alguns momentos, devido à ausência de telefone e internet. Damasceno reforçou que a troca de aeronave seria benéfica para garantir mais conforto e eficiência nas viagens presidenciais.

O atual avião, apelidado de “Aerolula”, completará 20 anos em janeiro, e Damasceno lembrou que esteve presente quando a aeronave foi recebida pela FAB. Ele destacou a importância de um avião maior e com melhor autonomia para atender as necessidades de deslocamento do presidente de um país como o Brasil.

FONTE: Folha de São Paulo

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