A aeronave F-39 Gripen de matrícula 4108 fez seu primeiro voo em território brasileiro nesta quinta-feira (26/09). O caça, que chegou ao país no início da semana, decolou de Navegantes (SC) rumo à Base Aérea de Anápolis (BAAN) às 15h28.

O percurso, de pouco mais de 1.100 quilômetros, foi realizado em cerca de 1h20 pelo Tenente-Coronel Aviador Cristiano de Oliveira Peres, piloto de prova do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV). “É uma satisfação ter a oportunidade de realizar o primeiro voo de um novo Gripen no espaço aéreo nacional. Esta matrícula, em especial, é bastante aguardada para reforçar o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1° GDA) – Esquadrão Jaguar”, destacou.

Experiente na missão, o piloto conta que este foi o quinto F-39 Gripen que conduziu até a cidade de Anápolis. “É um voo de translado relativamente simples, mas há de se ter alguns cuidados, como planejamento de combustível, meteorologia e condição de aeródromos de alternativa de rota”, explica.

Antes de decolar para se juntar ao acervo do Esquadrão Jaguar, a aeronave permaneceu por quase três dias no Aeroporto Internacional de Navegantes. Durante este tempo, passou por procedimentos técnicos, incluindo a instalação do assento ejetável e do kit sobrevivência.

Capacidades

O F-39 Gripen é reconhecido pela eficiência, baixo custo de operação e elevada disponibilidade. Apresentando tecnologias de ponta e sendo capaz de cumprir missões de defesa aérea, ataque ao solo e reconhecimento, a aeronave configura um importante salto operacional para a FAB.

Segundo o Coronel Aviador Renato Leal Leite, gerente do Projeto F-X2 da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), a incorporação do Gripen aos Esquadrões de caça da Força Aérea Brasileira aumenta significativamente a capacidade de defesa e dissuasão do país. “Este marco faz parte do projeto de reequipamento ambicioso da FAB, que fortalece o Brasil não apenas em termos militares, mas também aumenta a transferência de tecnologia e a expansão da indústria nacional de defesa”, enfatiza.

Possuindo os mais modernos sistemas, sensores e armas para operação em ambientes hostis e cenários complexos de combate, a aeronave tem capacidade ar-ar e ar-solo. Entre as características do caça multimissão, também está a capacidade de decolar e pousar em pistas curtas, o que possibilita a operação com pouca infraestrutura ou até mesmo em rodovias, caso seja necessário.

Segundo o Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Peres, um dos pontos altos da aeronave é o sistema de controle, que demanda baixa carga de trabalho do piloto na condução do voo. “Com isso, há mais disponibilidade para o gerenciamento dos sistemas táticos e de combate”, complementa.

Com tempo reduzido de reabastecimento, para rearmar e concluir uma inspeção técnica, o F-39 Gripen promete ainda mais agilidade, precisão e eficiência às missões de defesa aérea executadas pela FAB. O caça pode voar duas vezes a velocidade do som em uma altitude máxima de 16 mil metros.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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