A Boeing está desenvolvendo uma versão maior e baseada em terra do MQ-25, um avião-tanque de reabastecimento autônomo, para atender às necessidades futuras da Força Aérea dos EUA (USAF), incluindo o abastecimento de aeronaves de combate colaborativas (CCA) em espaços aéreos contestados. Esse novo projeto expande a envergadura de 75 pés do modelo original da Marinha para 92 pés, aproveitando a maior capacidade de combustível nas asas. A versão terrestre não exige que as asas sejam dobráveis, como a versão para porta-aviões.

Embora o projeto tenha sido desenvolvido internamente pela Boeing, ele não está diretamente ligado à análise de alternativas do Sistema de Reabastecimento Aéreo de Próxima Geração (NGAS) da Força Aérea, prevista para ser concluída em breve. A análise do NGAS pode incluir um tanque menor e autônomo para ambientes de combate, como o que a Boeing está desenvolvendo. Além de reabastecimento, o novo design do MQ-25 também pode ser usado para missões de inteligência, vigilância, reconhecimento, alerta aéreo e guerra eletrônica.

O novo design foi revelado na Conferência de Espaço e Ciber da Associação das Forças Aéreas e Espaciais, em 16 de setembro, onde a Boeing apresentou uma imagem do MQ-25 Land-Based Variant (LBV). Nessa imagem, o LBV está recebendo combustível dos pods de reabastecimento de um KC-46, sem possuir um sistema de lança próprio, inicialmente focado no sistema de mangueira e cesto. A aeronave poderia, no futuro, abastecer CCAs equipados com sondas receptoras, além de caças da Marinha dos EUA.

 

O LBV está projetado para operar em áreas de maior ameaça, onde tanques tradicionais, como o KC-46, não poderiam atuar. Ele poderia se reabastecer de um KC-46 em áreas de menor risco e, em seguida, avançar para zonas de combate mais intensas para abastecer aeronaves de combate. Esse novo modelo foi projetado para maximizar a utilidade do investimento da Marinha dos EUA no MQ-25, com a única mudança significativa sendo a expansão das asas.

As asas maiores do LBV aumentam a capacidade de combustível e adicionam dois pilones adicionais de 3.000 libras, que podem ser usados para carregar mais equipamentos de reabastecimento ou armamentos. O modelo mantém a fuselagem original, os sistemas de missão e o motor Rolls Royce AE 3007N, garantindo consistência com a versão original enquanto amplia suas capacidades operacionais.

FONTE: Aviation Week

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