Os Estados Unidos decidiram não enviar especialistas americanos para a Ucrânia para realizar a manutenção dos caças F-16 e outros equipamentos militares ocidentais, devido a preocupações com a segurança. A proposta de enviar contratados civis para o país, que está em guerra com a Rússia, foi considerada arriscada pelo Conselho de Segurança Nacional, especialmente com a recente chegada dos primeiros F-16 na Ucrânia. Em vez disso, espera-se que países europeus assumam a responsabilidade pela manutenção dessas aeronaves.

A comunidade de inteligência americana expressou preocupações de que a Rússia pudesse alvejar contratados americanos na Ucrânia, o que levou a administração Biden a rejeitar a proposta por enquanto. No entanto, a possibilidade de enviar contratados civis no futuro não foi completamente descartada, mas não é esperada uma decisão em breve.

Na última segunda-feira, a Ucrânia perdeu seu primeiro F-16 durante um ataque de mísseis russos, e uma investigação está em andamento para determinar as causas do acidente. A manutenção desses caças é considerada crucial para a defesa ucraniana, e sem o apoio técnico adequado, será difícil manter os aviões operacionais.

A relutância dos EUA em enviar pessoal para a Ucrânia reflete um debate maior sobre o envolvimento americano na guerra. Desde o início da invasão russa, o governo Biden tem sido cauteloso ao enviar certos tipos de armamentos e especialistas, temendo uma escalada por parte da Rússia.

Mesmo com a decisão de não enviar especialistas americanos, países europeus, como a Holanda, confirmaram que financiarão contratos privados para garantir a manutenção dos F-16 entregues à Ucrânia. O General Onno Eichelsheim, da Holanda, confirmou que seu país apoiará financeiramente a contratação de empresas civis para esse fim.

Os ucranianos têm enfrentado dificuldades para manter outros armamentos fornecidos pelos EUA, como os tanques Abrams, o que tem causado atrasos na operação desses equipamentos. A manutenção tem sido realizada principalmente através de videoconferências com especialistas no exterior ou com o envio do equipamento para fora do país, o que contribui para essas demoras.

FONTE: The Wall Street Journal

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