Ucrânia procura pilotos veteranos de F-16
Em 13 de agosto, após a visita dos senadores norte-americanos Richard Blumenthal e Lindsey Graham a Kiev, surgiu a ideia de recrutar pilotos aposentados de F-16 da OTAN para ajudar a Ucrânia a utilizar esses jatos imediatamente, enquanto os pilotos ucranianos ainda estão em treinamento. A visita dos senadores ocorreu em meio à incursão surpresa da Ucrânia na região de Kursk, na Rússia, onde capturou dezenas de vilarejos que poderiam ser trocados por territórios ucranianos ocupados.
A proposta de usar pilotos aposentados já havia sido sugerida por alguns veteranos de guerra americanos, como o coronel aposentado Dan Hampton, que em entrevista à Voice of America ofereceu-se para defender os céus da Ucrânia, citando sua experiência com F-16s e sua disposição para defender a democracia.
Jeffrey Fisher, coronel aposentado da Força Aérea dos EUA com 30 anos de experiência militar, afirmou que “centenas, senão milhares” de pilotos de F-16 bem treinados poderiam se voluntariar para servir na Ucrânia. Ele conhece pessoalmente alguns americanos que estão ativamente fazendo lobby junto ao governo dos EUA para permitir a participação de pilotos estrangeiros na Ucrânia.
Países ao redor do mundo operam F-16 há décadas, incluindo Bélgica, Países Baixos, Dinamarca, Turquia, Israel, Egito, Coreia do Sul, Polônia e Romênia. Por isso, Fisher acredita que uma possível legião de pilotos estrangeiros na Ucrânia poderia ser um esforço internacional, e não apenas americano.
No entanto, a decisão final ainda cabe ao governo dos EUA e aos aliados da OTAN. Embora a administração Biden inicialmente não tenha demonstrado receptividade à ideia, agora eles estão pelo menos dispostos a discutir a possibilidade, especialmente após as declarações dos senadores americanos.
Fisher acredita que essa mudança de postura pode ter sido influenciada pela recente incursão ucraniana em Kursk, que desafiou as percepções sobre a força militar da Rússia e a defesa de sua fronteira.
FONTE: Euromaidan