Os primeiros jatos de combate fornecidos pelo Ocidente estão programados para chegar à Ucrânia nas próximas semanas, conforme revelado por altos funcionários da OTAN durante um encontro de ministros da defesa em Bruxelas nos dias 13 e 14 de junho. A reunião discutiu a continuação do apoio material e de treinamento às forças armadas ucranianas.

O elemento mais aguardado desse apoio são os caças F-16 da Lockheed Martin, que vários estados membros da OTAN se comprometeram a fornecer à Ucrânia. O secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que a entrega pode ocorrer antes do final do verão, destacando os esforços contínuos para que a Ucrânia tenha a capacidade operacional dos F-16 dentro desse prazo.

Embora os EUA não estejam fornecendo diretamente suas próprias aeronaves, eles aprovaram a transferência dos jatos e estão ajudando a treinar aviadores e técnicos ucranianos para operarem o F-16. O General Charles Brown, da USAF, confirmou que estão trabalhando para certificar as primeiras equipes e aeronaves neste verão.

A coalizão de caças inclui os EUA, Holanda, Dinamarca, Noruega e Bélgica. A Holanda e a Dinamarca comprometeram 42 e 19 aeronaves, respectivamente, enquanto a Bélgica prometeu 30 e a Noruega alocou dois jatos. O total de F-16s comprometidos para a Ucrânia é de 93 aeronaves.

O treinamento dos pilotos ucranianos está sendo realizado na Dinamarca, nos EUA e em um novo centro de treinamento da OTAN na Romênia. Até o momento, nenhum piloto ucraniano concluiu o treinamento, mas os primeiros estão quase prontos.

A data exata da transferência dos F-16 dependerá do progresso no treinamento das equipes ucranianas. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, enfatizou que a entrega das aeronaves visa atender tanto às necessidades de curto prazo quanto à integração a longo prazo na estrutura das forças armadas ucranianas.

Algumas manutenções dos F-16 podem continuar a ser realizadas dentro do território da OTAN após a transferência. Oficiais ucranianos sugeriram estacionar aeronaves de reserva e treinamento fora da Ucrânia para protegê-las de ataques russos.

A decisão de remover restrições ao uso de sistemas de armas doadas para ataques ao território russo, tomada por França, Alemanha e EUA, foi apoiada por Stoltenberg. Ele afirmou que tais restrições minariam a capacidade da Ucrânia de se defender, especialmente em áreas próximas à fronteira russa, como Kharkiv.

FONTE: FlightGlobal

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