F-35 e F-16

A Força Aérea Portuguesa confirmou a aquisição do caça F-35 Lightning II da Lockheed Martin para substituir sua frota de F-16M Fighting Falcon, conforme declarado pelo General João Cartaxo Alves ao Diário de Notícias em 12 de abril de 2024. Essa mudança busca alinhar Portugal com os padrões de modernização adotados por seus aliados europeus. A escolha pelo F-35 é justificada por suas capacidades superiores, como tecnologia stealth, sistemas avançados de sensores e aviônicos, e uma maior versatilidade em missões diversas.

Durante os últimos dois anos, a Força Aérea Portuguesa empreendeu uma transformação abrangente, ajustando sua estrutura e filosofia para focar no recrutamento e formação de pessoal altamente qualificado. Prepara-se agora para incorporar tecnologias avançadas e medidas de cibersegurança robustas, essenciais na transição para uma força aérea espacial mais avançada tecnicamente. Esta evolução também envolve preparativos para a introdução de aeronaves de quinta geração.

O General Alves destacou o papel de Portugal no treinamento de pilotos ucranianos em F-16 desde julho de 2023, um esforço que levou à criação de centros de treinamento na Dinamarca e na Holanda. Apesar do progresso na formação dos pilotos ucranianos, Portugal mantém a sua frota de F-16, com 28 aeronaves ativas após ter vendido 12 para a Romênia, indicando que a frota permanecerá operacional até a transição completa para o F-35.

A transição para o F-35 está prevista para durar 20 anos com um custo estimado de 5,5 bilhões de euros, e os primeiros caças devem ser entregues a partir do sétimo ano. Este plano financeiro prevê a distribuição do custo significativo ao longo de duas décadas e envolve colaboração logística entre vários países europeus. O início desta transição já está marcado por workshops com a Lockheed e a Força Aérea Americana, com o objetivo de alinhar as capacidades operacionais das aeronaves de quinta geração com as necessidades de Portugal.

Outros membros da OTAN também estão em processo de substituir suas frotas de F-16 pelo F-35, refletindo uma tendência mais ampla na aliança para adotar esta avançada aeronave de combate de quinta geração. Países como Austrália, Bélgica, Dinamarca e Itália já começaram a receber suas aeronaves F-35, enquanto outros, incluindo Japão, Países Baixos e Noruega, têm entregas planejadas para cumprir seus requisitos de defesa aérea. O F-35 destaca-se por sua tecnologia stealth, sistemas de reconhecimento avançados, e capacidade de realizar uma vasta gama de operações militares, evidenciando-se como uma escolha estratégica para as forças aéreas modernas.

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