Coreia do Sul seleciona C-390 da Embraer para nova aeronave de transporte militar
SEUL, 4 dez (Yonhap) – As autoridades de defesa da Coreia do Sul escolheram na segunda-feira o C-390 da empresa brasileira Embraer para a nova grande aeronave de transporte da Força Aérea, em vez de concorrentes dos pesos pesados aeroespaciais Lockheed Martin e Airbus.
O Comitê de Promoção do Projeto de Defesa selecionou o modelo para o projeto de aquisição de 710 bilhões de won (US$ 544,4 milhões) previsto para durar até 2026, de acordo com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA).
A agência não divulgou o número de novas aeronaves a serem introduzidas no projeto, embora a Coreia do Sul deva comprar três unidades.
A Força Aérea Sul-Coreana opera atualmente o Lockheed Martin C-130J como sua grande aeronave de transporte militar.
“Através deste projeto, espera-se que as capacidades em transporte aéreo e operações de manutenção da paz sejam melhoradas”, afirmou a DAPA num comunicado.
A Coreia do Sul tem mobilizado cada vez mais os seus aviões de transporte militar para operações de transporte aéreo globais, como o transporte de 163 sul-coreanos e 57 outros cidadãos para fora de Israel em Outubro, após a eclosão da guerra Israel-Hamas.
O comitê também selecionou oficialmente o F-35 da Lockheed Martin para o projeto de aquisição do país para caças adicionais de próxima geração, em um movimento amplamente esperado.
No âmbito do projeto de 4,26 trilhões de won previsto para 2028, a Coreia do Sul deverá comprar mais 20 F-35 como parte dos esforços para aumentar a dissuasão contra as crescentes ameaças militares norte-coreanas.
A Coreia do Sul tem atualmente uma frota de 40 F-35, embora a Força Aérea tenha decidido aposentar um deles na semana passada, pois foi danificado por uma colisão de pássaro em janeiro do ano passado.
A DAPA disse que os F-35 adicionais ajudarão a expandir as capacidades independentes de dissuasão e resposta do país, citando as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.
Além disso, o comitê aprovou um plano de produção para o helicóptero leve armado local no valor de cerca de 5,7 trilhões de won até 2031. A produção, que marca a segunda desse tipo, visa substituir os antigos helicópteros 500MD e AH-1S do Exército.
Também endossou o quarto plano de produção do veículo de combate de infantaria K21, no valor de cerca de 780 bilhões de won e programado para funcionar até 2028.
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