por Guilherme Poggio (*)

(…) Do lado israelense não foi diferente. Desde o dia 9 de outubro itens de alta prioridade como bombas inteligentes, cartuchos de chaff e mísseis AIM-7 Sparrow foram despachados para Israel via oito jatos comerciais do tipo Boeing 747 da companhia aérea israelense El Al. Mas isso não era suficiente. Em 13 de outubro o governo de Golda Meir declarou que só possuía material bélico para mais quatro dias de guerra. Os Estados Unidos temiam que com o enfraquecimento militar, Israel pudesse empregar eventuais armas nucleares (tese que nunca foi reconhecida/provada).

A ajuda militar norte-americana foi ampliada no dia 13 e um pacote no valor de 202 milhões de dólares foi encaminhado ao Congresso para aprovação. O Comando de Transporte Aéreo da USAF definiu uma “ponte aérea” entre a costa leste dos EUA e Israel. Muitos aliados europeus negaram o uso de suas bases e do seu espaço aéreo. Portugal foi uma exceção, permitindo que os aviões utilizassem o aeroporto da Ilha de Lajes.

Denominada Operação “Nickle Grass”, a USAF realizou 567 missões que, ao final, transportou mais 22.000 toneladas de equipamento militar dos mais variados tipos, incluindo desde mísseis anticarro TOW até helicópteros CH-53.

Trinta e dois caças F-4 foram retirados das unidades da USAF e seguiram diretamente para o Oriente Médio. Sem tempo para repintá-los com o padrão de camuflagem da FAI os israelenses simplesmente adicionaram a estrela de Davi e os mandaram para o fronte. Outras três dezenas de Skyhawk também foram despachadas em caráter emergencial para Israel.

(*) o texto acima fará parte de um futuro livro que ainda está em produção

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