Rússia teme sobrevoar a Ucrânia com seus melhores jatos, pelo risco de serem abatidos e a OTAN se apoderar dos destroços, diz especialista

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  • A Rússia está adiando o uso de seus avançados Su-57 no espaço aéreo ucraniano, informou a inteligência do Reino Unido na segunda-feira
  • Um especialista explicou o motivo ao Business Insider: a Rússia teme as consequências de perder um
  • Não seria apenas embaraçoso, mas também poderia revelar segredos militares russos, disse ele

A Rússia está evitando voar seus jatos de combate avançados sobre a Ucrânia por medo de que os destroços de uma queda revelem os segredos do avião, disse um especialista ao Insider.

O Sukhoi Su-57, uma aeronave russa moderna valorizada por sua furtividade, não tem sido uma ocorrência regular da guerra até agora, apesar dos esforços de Moscou para aumentar suas capacidades.

Ele foi usado no conflito – de acordo com uma atualização de inteligência do ministério da defesa britânico no início desta semana – mas apenas dentro do espaço aéreo russo.

De acordo com a atualização britânica, a Rússia envia os jatos e os faz disparar mísseis de longo alcance contra alvos na Ucrânia. Mas não correrá o risco de enviá-los para a fronteira, onde as defesas aéreas ucranianas podem derrubá-los.

Justin Bronk falou com o Insider sobre por que a Rússia fez isso. Bronk é um especialista em poder aéreo e tecnologia do instituto de estudos Royal United Services Institute (RUSI) em Londres.

Bronk disse ao Insider que a Rússia está com medo das consequências se um Su-57 for abatido e os aliados da Ucrânia na OTAN puderem estudar os destroços.

Esses parceiros “certamente estariam muito interessados em saber mais sobre” algumas das características únicas do jato, disse ele. Em particular, ele destacou seu “arranjo de radar inovador” como de particular interesse.

A atualização do Reino Unido disse que a Rússia estava se segurando com os Su-57 porque estava “evitando danos à reputação, perspectivas de exportação reduzidas e o comprometimento de tecnologia sensível que viria de qualquer perda” da aeronave.

Bronk concordou que uma queda na Ucrânia seria “extremamente embaraçosa” para a Rússia “porque exporia a furtividade como realmente não sendo particularmente eficaz”.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse em agosto que o jato teve um desempenho “brilhante” na invasão, gabando-se de suas características.

“A aeronave tem um grau muito alto de proteção contra vários sistemas de defesa aérea, tem proteção contra mísseis. Há muita coisa lá. Mais importante, tem armas muito poderosas”, disse ele, segundo a mídia estatal.

A tática da Rússia de usar os jatos de seu próprio território é indicativa de sua contínua abordagem avessa ao risco de empregar sua força aérea na guerra contra a Ucrânia.

FONTE: Business Insider

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