Coreia do Sul envia caças após detectar 180 aviões de combates norte-coreanos, dizem militares
Caças F-15K da Coreia do Sul
Seul, Coreia do Sul (CNN) — A Coreia do Sul despachou cerca de 80 caças após detectar um grande número de aviões de combate norte-coreanos durante um período de quatro horas na sexta-feira, disseram os militares do país, em mais uma escalada das tensões regionais.
Em um comunicado, os militares sul-coreanos disseram ter avistado cerca de 180 aeronaves militares norte-coreanas entre 11h e 15h hora local, um dia após Pyongyang ter conduzido o teste fracassado de um míssil balístico intercontinental (ICBM).
As tensões na península coreana começaram a aumentar na segunda-feira, quando os exercícios militares conjuntos “Vigilant Storm” começaram entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, envolvendo centenas de aeronaves e milhares de militares de ambos os países, segundo os EUA.
A Coreia do Norte acusou os aliados de ação provocativa e na quarta-feira lançou 23 mísseis de suas costas leste e oeste – o maior número de mísseis disparados em um único dia – em águas de ambos os lados da península, levando Seul a responder com três mísseis terra-ar.
O desdobramento sul-coreano de sexta-feira incluiu um número não especificado de caças furtivos F-35A, disse o comunicado, e os aviões de combate sul-coreanos que participam das manobras conjuntas em andamento também “mantiveram uma postura de prontidão”, disseram os militares sul-coreanos.
Após o teste suspeito de ICBM de quinta-feira, os EUA e a Coreia do Sul anunciaram que estenderiam os exercícios por mais um dia até 5 de novembro, uma medida denunciada por uma autoridade norte-coreana como uma “escolha muito perigosa e falsa”, segundo a mídia estatal.
Mais tarde, depois de se encontrar com seu colega sul-coreano no Pentágono, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, acusou a Coreia do Norte de “atividades irresponsáveis e imprudentes”.
“Dissemos antes que esse tipo de atividade está potencialmente desestabilizando a região. Por isso, pedimos a eles que cessem esse tipo de atividade e comecem a se envolver em um diálogo sério”, disse Austin.
Uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ocorrer na sexta-feira para discutir os recentes lançamentos de mísseis de Pyongyang. De acordo com um porta-voz da Missão dos EUA na ONU, EUA, Reino Unido, França, Albânia, Irlanda e Noruega pediram uma reunião aberta.
Em entrevista à CNN na quarta-feira, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, condenou as ações da Coreia do Norte, dizendo que Pyongyang havia quebrado várias resoluções do Conselho de Segurança.
Thomas-Greenfield disse que a ONU estaria “pressionando” a China e a Rússia para melhorar e aumentar essas sanções. Ela se negou a dizer se o presidente dos EUA, Joe Biden, aumentaria as sanções com o presidente da China, Xi, no G20, mas disse que estava “na mente do presidente”.
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