A reunião teve como pauta a necessidade de renovação da frota da Aviação de Patrulha, trazendo em questão as funcionalidades das aeronaves T-7A Red Hawk e P-8 Poseidon

Nessa quinta-feira, em Brasília (DF), o Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, recebeu, em seu gabinete, representantes da empresa Boeing na América do Sul e da SAAB.

Estiveram presentes o Diretor Regional Tim Flood, acompanhado do Diretor de Negócios Donn Yates; do Líder Regional Pablo Weltman, e dos Desenvolvedores de Negócios Tomas Karlsson e Kistian Skoog. Também participaram da reunião, o Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, e o Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

As primeiras conversas entre o Comandante da FAB e o Diretor Regional da Boeing iniciaram em julho de 2022, quando participaram da Farnborough International Airshow (FIA 2022), em Londres, e puderam discutir as novidades do mercado.

T-7A Red Hawk

Do encontro, surgiu a necessidade e o interesse de se complementar informações sobre dois importantes projetos da Boeing. Um deles é a aeronave T-7A Red Hawk, desenvolvida em parceria com a SAAB, que pode ser usada como jato de treinamento avançado. E o outro é a aeronave multimissão de Patrulha Marítima P-8 Poseidon, desenvolvida inicialmente para a Marinha dos Estados Unidos da América (EUA).

De acordo com o Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro Baptista Junior, essa reunião foi de suma importância para prospectar o futuro da Aviação de Patrulha marítima no Brasil, uma vez que existe a necessidade de se discutir o substituto da aeronave P-3AM Orion, usada no patrulhamento de longo alcance. “A aeronave P-8 é baseada na plataforma Boeing 737NG, com mais de 150 unidades em serviço. Dessa forma, tem se mostrado um projeto e um sistema d’armas muito importante, principalmente para um país como o nosso com 8.500 quilômetros de costa”, explica.

Boeing P-8A

Com o objetivo de trazer inovação e desenvolvimento, o Diretor Regional da Boeing na América do Sul destacou a reunião como essencial para se discutir projetos e suas potencialidades. Assim, puderam debater sobre o desenvolvimento industrial brasileiro e a frota de aeronaves da FAB – que apresenta modelos como os A-29 Super Tucano e os F-39 Gripen – considerada uma das maiores da América Latina.

“Com essa reunião, poderemos iniciar a construção de uma parceria de desenvolvimento futuro e próspero para a Força Aérea do Brasil. Isso porque acreditamos que podemos contribuir em diversos segmentos, com o objetivo de ajudar a garantir a segurança do país”, destacou.

Flood também destacou que a reunião trouxe a oportunidade para apresentar mais informações sobre como desenvolver programas e modernizar aeronaves de forma a preservar o meio ambiente. “O P-8 é uma aeronave que poderá trazer grandes benefícios para o Brasil, atuando em diversos segmentos e sendo considerado uma das melhores do mundo”, disse.

Ao final da conversa, o Comandante da FAB foi convidado pela Boeing para conhecer as instalações da empresa em Saint Louis, nos EUA, e testar as capacidades da aeronave T7A Red Hawk em um voo de demonstração.

A importância da Aviação de Patrulha

Surgida no Brasil em meio à Segunda Guerra Mundial, a Aviação de Patrulha brasileira possui a missão de vigiar e proteger, 24 horas por dia, uma área de aproximadamente 13,5 milhões de quilômetros quadrados. Cabe à Aviação de Patrulha, por exemplo, a vigilância da Zona Econômica Exclusiva brasileira, localizada no Oceano Atlântico, onde se encontram as maiores reservas nacionais de petróleo, entre elas a área do pré-sal. Além disso, ajuda, em conjunto com a Marinha do Brasil, a garantir a segurança das linhas de transporte marítimo, uma vez que 95% dos produtos comercializados são transportados pelo mar.

No contexto atual, o conflito na Ucrânia tem mostrado, de maneira clara, a importância de se garantir a segurança e o livre acesso a portos e rotas marítimas para o escoamento das riquezas produzidas e o abastecimento da população.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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