Lockheed Martin retomará a produção do caça F-16 em 2023

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A produção foi interrompida temporariamente em 2018, pois a fabricante norte-americana preparava uma nova fábrica para receber a linha de montagem da aeronave

Um dos caças mais populares da indústria de aeronaves militares dos EUA, com 4.604 unidades produzidas, o icônico F-16 Fighting Falcon retornará à produção em série da Lockheed Martin a partir do próximo ano, revelou à Reuters o diretor financeiro da fabricante, Jesus Malave.

A produção da aeronave foi interrompida em 2018 na sede da Lockheed Martin em Fort Worth, Texas, dando espaço para a nova linha de montagem de caças F-35, que se tornou o foco da instalação. Enquanto isso, a empresa norte-americana montou uma nova fábrica em Greenville, Carolina do Sul, para continuar a produção do F-16. A unidade foi inaugurada no ano passado.

De acordo com Malave, os primeiros exemplares dos novos lotes do F-16 (Block 70/72) serão entregues em 2024. A empresa ainda tem uma carteira de quase 130 pedidos para o caça de diversos clientes, incluindo a Força Aérea de Bahrein, Taiwan, Eslováquia – outros potenciais compradores são a Bulgária e a Jordânia.

A retomada da produção do F-16 prevista para 2023 ocorrerá com cerca de um ano de atraso. Segundo o CFO da Lockheed Martin, o atraso deveu-se à dificuldade em contratar a nova força de trabalho e treinar os funcionários, o que ele chamou de “pequeno desafio” para a empresa além do esperado. “Há muito interesse na aeronave”, disse Malave, acrescentando que a unidade em Greenville provavelmente deve produzir até três F-16 por mês.

Originalmente projetado pela General Dynamics, o F-16 voou pela primeira vez há quase 50 anos, em 20 de janeiro de 1974, no que pode ser considerado uma “decolagem acidental”. Em 1993, o programa foi assumido pela então Lockheed Corporation, que mais tarde mudaria seu nome para Lockheed Martin, após se fundir com a Martin Marietta Corporation em 1995. Atualmente, o caça está em serviço em 25 países.

F-16V Block 70/72

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