Grécia prossegue com a compra de 20 caças Lockheed F-35
A Grécia enviou um pedido oficial aos Estados Unidos para a compra de 20 caças F-35 fabricados pela Lockheed Martin, disse o primeiro-ministro do país no dia 30 de junho.
A Grécia, membro da OTAN, gasta mais de 2% de seu produto interno bruto em defesa. Ela reforçou suas compras militares nos últimos anos, à medida que as tensões com seu vizinho, rival histórico e aliado da Otan, a Turquia, ressurgiram.
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis disse que a Grécia também está examinando a compra de um segundo grupo de jatos.
“Nossa intenção é adquirir um esquadrão de F-35 com uma possível opção para um segundo. O envio de uma carta de solicitação (LoR) que aconteceu nos últimos dias faz parte desse processo”, disse Mitsotakis a repórteres após uma cúpula da Otan.
O envio de uma solicitação é o primeiro passo em um processo de vários estágios, disse Mitsotakis, acrescentando que o governo espera que as entregas dos jatos comecem em 2027-2028.
“É um processo longo e estou dizendo isso porque significa que temos espaço fiscal que nos permite fazer essa compra”, disse o primeiro-ministro conservador, que enfrenta eleições em 2023.
A Grécia e a Turquia estão em desacordo há décadas sobre uma série de questões que vão desde sobrevoos no mar Egeu e a extensão de suas plataformas continentais e fronteiras marítimas até recursos energéticos e Chipre etnicamente dividido.
Mitsotakis se referiu pela primeira vez à compra de jatos F-35 durante uma visita em maio aos Estados Unidos.
Atenas encomendou 24 jatos Rafale fabricados pela Dassault no ano passado por 2,5 bilhões de euros (US$ 2,60 bilhões) e três fragatas da França com opção de uma quarta por cerca de 3 bilhões de euros.
De acordo com a estatal ERT TV, o Ministério da Defesa também quer prosseguir com a atualização de 38 caças F-16.
Na quarta-feira, os Estados Unidos apoiaram a potencial venda de caças F-16 para a Turquia, um dia depois que Ancara suspendeu o veto à adesão à Otan para a Finlândia e a Suécia, dizendo que fortes capacidades de defesa turcas reforçariam as defesas da Otan.
FONTE: Reuters