Delegação da Índia visita o Brasil para explorar oportunidades no setor de defesa
Confirmando isso ao Financial Express Online, um oficial sênior disse: ‘Uma delegação de altos funcionários liderada por Sanjay Jaju, Secretário Adicional (Produção de Defesa), Ministério da Defesa (MoD) e representantes de várias empresas do setor público e privado do setor de defesa vai viajar sob a égide da FICCI.’
No final deste mês, uma grande delegação oficial e empresarial visitará o Brasil para explorar as possibilidades de produção conjunta, desenvolvimento conjunto de várias armas e plataformas de defesa.
Confirmando isso ao Financial Express Online, um oficial sênior disse: “Uma delegação de altos funcionários liderada por Sanjay Jaju, Secretário Adicional (Produção de Defesa), Ministério da Defesa (MoD) e representantes de várias empresas do setor público e privado do setor de defesa vai viajar sob a égide da FICCI – Federation of Indian Chambers of Commerce & Industry.”
“Haverá cerca de 10 a 12 empresas, incluindo os setores público e privado, bem como start-ups do setor de defesa”, confirmou um alto funcionário do órgão da indústria FICCI.
Quais empresas vão participar?
Armoured Vehicles Nigam Limited; Bharat Dynamatics Limited; Bharat Electronics Limited; Sistemas de BD C2C; Centum Electronics; Dhruva Aerospace; GRSE; Larsen & Toubro Limited; Maharashtra Minerals Corporation Limited; Construtores Navais Mazagon Dock; MKU Limitada; Ocean Marine Environment Coatings Pvt Ltd; Pushkak Products Pvt Ltd; SMPP Pvt Ltd; SSS Defence e muito mais.
Qual é a agenda das delegações que vão ao Brasil?
A delegação segue para Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. A delegação oficial, segundo fontes, se reunirá com a alta liderança das forças brasileiras e outros altos funcionários e as apresentações serão feitas pelas empresas indianas antes de viajar para outras localidades.
No dia 2 de junho, todas as empresas do setor público e privado visitarão São José dos Campos, onde estão localizadas todas as Indústrias de Defesa, e também o Parque Tecnológico, onde as empresas indianas farão apresentações.
A delegação também visitará diferentes instalações da Embraer uma em São José dos Campos e outra localizada em Gavião Peixoto.
América do Sul e Central estão procurando por:
Exército: Lançadores de Foguetes; Transportador de Pessoal Blindado; Peitoral e Capacetes; Miras Telescópicas e IR; Dispositivos de Visão Noturna; Mísseis superfície a superfície.
Marinha: Helicópteros ASW; Submarinos; Capacidade de Defesa Cibernética; Aeronaves de RM e Vigilância; Navios Anfíbios; Modernização de Fragatas e Navios Patrulha OffShore.
Forças Aéreas: AWACS; Aeronaves Leves de Combate; Helicópteros de Combate Leve.
Já existe uma política governamental que tem uma nova estratégia de exportação de plataformas de defesa e armas para nações amigas.
Como foi relatado anteriormente pelo Financial Express Online, há muitos países na região, incluindo o Brasil, que estão em processo de modernização de suas forças militares e policiais. E isso abriu oportunidades para as empresas indianas explorarem o mercado e identificarem parceiros para joint ventures.
Quantas empresas indianas de defesa estão presentes no Brasil?
Até agora, apenas uma empresa indiana esteve presente em quase todos os países da região e é a MKU, com sede em Kanpur, líder global em soluções de defesa e segurança interna. Esta empresa celebrou diversos contratos no Brasil – Polícia Militar, Exército e Polícia Federal.
Eles também ganharam um grande contrato em uma competição para fornecer cerca de 14.500 peças de colete para a Polícia Militar do Estado de São Paulo, e também o monocular de visão noturna da comissão do Exército Brasileiro.
BrahMos
Ambos os lados estão em discussão para a versão BrahMos-NG (Nova Geração) do míssil de cruzeiro supersônico ramjet de curto alcance.
Em recente interação com o Financial Express Online, Atul Dinkar Rane DG BrahMos DRDO& CEO & MD BrahMos confirmou que vários países da região buscaram mais informações sobre o míssil.
Embora ele não tenha nomeado especificamente os países, o Financial Express Online informou anteriormente que vários países da região manifestaram interesse no Indo-Russo BrahMos.
Cooperação Índia-Brasil em Defesa
Em 2020, os dois países assinaram o Plano de Ação para a parceria estratégica Brasil-Índia, ao final das conversas entre o primeiro-ministro Narendra Modi e o presidente brasileiro Bolsonaro, que visitou a Índia como principal convidado do desfile do Dia da República.
E neste Plano de Ação a defesa e a segurança são os principais componentes, pois ambos os países são complementares nesta área.
Interesse em produzir na Índia
Altos diplomatas e altos funcionários do Brasil manifestaram interesse em participar de joint ventures no setor de defesa.
Para as empresas indianas, há muito escopo na abordagem “Triple-Helix” do Brasil, focada em P&D, Inovação para todos os três serviços – Exército, Força Aérea e Marinha, explicou o embaixador da Índia Suresh K Reddy anteriormente.
Alguma joint venture entre empresas indianas e brasileiras?
Sim. A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) Brasil, segunda maior fabricante de munições do mundo, e Stumpp Schuele & Somappa India (SSS Defence) estão em uma joint venture para produzir munições para todos os calibres como: 9 mm, 7,62×39 mm, 7,62× 51 mm, .338 Lapua e 12,7 mm. E, de acordo com os termos da joint venture, pode exportar para um terceiro país após cumprir os requisitos da Índia.
Outra empresa brasileira, a Taurus Armas S.A., se associou à Jindal Defense para a fabricação de armas pequenas.
FONTE: Financial Express Online