Guerra das Malvinas/Falklands – 40 anos: O Batismo de fogo da Força Aérea Argentina
Em 1º de maio de 1982, a Força Aérea Argentina entrou em combate pela primeira vez em sua história, voando 60 missões de combate durante o dia ao redor das Ilhas Malvinas/Falklands.
Originalmente criada em 1912 como braço de aviação do Exército, a Força Aérea Argentina foi oficialmente fundada em meados da década de 1940 como uma força separada ao lado do Exército e da Marinha.
O primeiro combate aéreo ocorreu à tarde, quando dois interceptadores Mirage IIIEA do Grupo 8, pilotados pelo capitão Gustavo Garcia Cuerva e pelo primeiro tenente C. Perona, travaram combate aéreo com dois Sea Harriers britânicos do Naval Air Squadron 801, pilotados pelo tenente de voo Paul Barton e o tenente Steve Thomas, respectivamente. Ambos os Mirages foram abatidos durante o combate.
Perona foi capaz de ejetar com segurança depois que um míssil Sidewinder atingiu seu avião, mas a explosão do míssil disparado contra o Mirage de Garcia Cuerva apenas danificou a aeronave. Minutos depois, ele morreu quando sua aeronave foi derrubada sobre Port Stanley por defesas antiaéreas argentinas baseadas lá enquanto procurava salvar sua aeronave tentando um pouso de emergência no aeródromo de Stanley.
O abate do avião de Garcia Cuerva foi filmado por equipes da TV argentina em Stanley, que registraram o momento em que estava sendo alvejado por fogo antiaéreo e quando caiu do céu colidindo com o mar em Port William. Nem os restos da aeronave ou seu corpo foram recuperados.
Ao anoitecer de 1º de maio de 1982, a Força Aérea Argentina havia perdido duas aeronaves de ataque ao solo Pucará bombardeadas no solo em Goose Green. Além dos dois interceptadores Mirage IIIEA, um caça-bombardeiro Dagger e um bombardeiro Canberra também foram derrubados em combate aéreo com os Sea Harriers da Marinha Real que estavam usando mísseis Sidewinder AIM-9L de última geração dos EUA pela primeira vez.
O piloto da aeronave Dagger era o primeiro-tenente José Ardiles, primo do jogador de futebol internacional, Ossie Ardiles, que na época já morava no Reino Unido. O número de mortos da Força Aérea Argentina para o dia foi de quatorze militares e várias dezenas de feridos.
O número inclui cinco pilotos (quatro tenentes e um capitão), dos quais quatro foram perdidos em combate aéreo e um no solo, além de sete sargentos mortos durante os ataques ao aeródromo de Goose Green e dois recrutas mortos nos ataques ao aeródromo de Stanley. Por sua vez, três navios da Marinha Real HMS Alacrity, Arrow e Glamorgan – foram danificados por tiros de canhão da Força Aérea Argentina.
FONTE: MercoPress / ARTE 3D: Alex Klichowski