Helicóptero da FAB realiza resgate a bordo de navio a 220 km de distância de Fernando de Noronha
A evacuação aeromédica foi realizada por um helicóptero do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão
O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado na Base Aérea de Natal (BANT), em Parnamirim (RN), resgatou, nesta sexta-feira (15/04), um homem vítima de ataques convulsivos que estava a bordo de um navio português (NM Harbour Progress) que seguia da Nigéria para Trindade e Tobago.
O Comando de Operacões Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após contato do Salvaero Recife.
Os primeiros contatos do navio com os órgãos do sistema de busca e salvamento foram realizados na quinta-feira (14/04), quando a embarcação estava navegando a cerca de 380 milhas náuticas (NM) – o que equivale a 700 quilômetros – à nordeste de Fernando de Noronha.
Para viabilizar o resgate, a aeronave H-36 Caracal decolou de Parnamirim (RN) para Fernando de Noronha (PE), onde realizou pouso técnico e pernoite da tripulação. Após as coordenações necessárias, a aeronave voou até a posição do navio para realizar o resgate, que ocorreu às 6h27 (horário de Brasília), desta sexta-feira.
O helicóptero manteve o voo pairado enquanto os homens de resgate SAR (do inglês, Search And Rescue – Busca e Salvamento) desceram até o convés do navio e içaram a vítima com uso de um triângulo de resgate. Esse procedimento ocorreu em uma posição situada a 120 NM (aproximadamente 220 KM) de Fernando de Noronha. Ao final, o Esquadrão abasteceu a aeronave em Fernando de Noronha e transportou o paciente para a BANT e após, para o Hospital Memorial São José em Natal (RN), onde recebeu atendimento médico especializado.
A tripulação do helicóptero era composta por dez militares, sendo três pilotos, dois operadores de equipamentos, três homens de resgate, uma médica e um enfermeiro.
A médica do Esquadrão, a Capitão Patrícia Bastos de Aguiar Martins Costa falou da dificuldade de planejar resgates dessa natureza. Segundo ela, normalmente as informações são coletadas por membros da tripulação do navio que não possuem os conhecimentos necessários para diagnosticar a vítima. “A dificuldade em obter dados sobre as condições médicas do paciente impacta na realização da missão. E, por não ter médico a bordo, normalmente os relatos não são confiáveis”, explicou.
De acordo com o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Falcão, Major Aviador Leir Gomes de Oliveira, a possibilidade de operar a partir de Fernando de Noronha foi um fator primordial para resgatar a vítima, que estava distante da costa brasileira. Outro ponto a ser destacado é a experiência da tripulação que fez com que o resgate fosse realizado o mais rápido possível. “O conhecimento da tripulação, adquirido com os treinamentos realizados sob responsabilidade do Comando de Preparo (COMPREP), órgão da FAB responsável pela manutenção operacional dos tripulantes, foi fundamental para amenizar o sofrimento do paciente”, ressaltou.
FONTE: Força Aérea Brasileira