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Segundo a Bloomberg, o desenvolvimento de um futuro caça europeu proposto pela ex-chanceler alemã Angela Merkel e pelo presidente francês Emmanuel Macron em 2017 está paralisado por uma disputa entre os principais fornecedores do setor.

O chefe da Dassault Aviation SA alertou na quarta-feira (26/1) que as negociações com o braço alemão da Airbus SE foram prejudicadas por uma disputa de poder sobre a “divisão do trabalho” que poderia ameaçar o projeto.

“Ainda temos dificuldades com a Airbus”, disse o CEO da Dassault, Eric Trappier, em entrevista coletiva em Paris. “Nem sempre é fácil negociar com os alemães.”

A Dassault – fabricante francesa do avião de combate Rafale – e a Airbus estão em negociações sobre a próxima fase de desenvolvimento do jato, conhecido como New Generation Fighter, que só entrará em serviço por volta de 2040. A Airbus deve aceitar que “a expertise estará na França e não em qualquer outro lugar”, disse Trappier.

“O que está claro é que a Dassault será a líder”, disse ele.

A possibilidade de a Alemanha encomendar caças dos EUA que carreguem armas nucleares como parte de um acordo de longa data da Otan também está pesando no projeto, disse Trappier.

O impasse ocorre quase cinco anos depois que os líderes franceses e alemães concordaram em uma aliança de combate aéreo que incluía o novo jato, deixando o Reino Unido de lado após a decisão do país de deixar a União Europeia. A BAE Systems, com sede em Londres, a maior empresa de defesa da Europa, desenvolve um avião de combate rival, o Tempest, e convidou a italiana Leonardo SpA e a sueca Saab AB para seu projeto.

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