Terceira aeronave E-99 modernizada é entregue à Força Aérea Brasileira
O evento aconteceu nesta sexta-feira (17/12), em Gavião Peixoto (SP)
Mais uma aeronave E-99M foi recebida pela Força Aérea Brasileira (FAB). O evento de entrega aconteceu nessa sexta-feira (17/12), na unidade da Embraer, em Gavião Peixoto (SP).
Essa é a terceira unidade do avião que passa pela modernização e integra o projeto desenvolvido sob a responsabilidade da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), em conjunto com a Embraer e fornecedores internacionais, como a Saab, a Aeroelectronica International e a Rohde & Schwarz.
Participaram da solenidade o Presidente da COPAC, Brigadeiro do Ar Alan Elvis de Lima; o Vice-Presidente de Contratos da Embraer Defesa & Segurança, Marcio Monteiro; o Chefe do Grupo de Acompanhamento e Controle – Programa Aeronave de Combate (GAC-PAC) e Presidente da Comissão de Recebimento (CRA), Coronel Aviador Fernando Paes de Macedo; o Gerente do Projeto E-99M na COPAC, Tenente-Coronel Aviador Marcones dos Santos Silveira; além de Diretores, Executivos e funcionários da Embraer e representantes das empresas parceiras.
O Presidente da COPAC recordou que em meados de 2012 a FAB, fazendo valer sua tradição de manter-se atualizada, coesa e em prontidão, decidiu modernizar os sistemas da aeronave E-99. “Hoje, a FAB recebe o terceiro E-99 modernizado, agora na versão mais atualizada denominada Certificado Suplementar de Tipo Provisório (CST-P), com mais de 90% das funcionalidades e requisitos implementados. Essa aeronave evidencia o progresso no projeto de modernização do E-99, inaugurando novos tempos na vanguarda da nobre missão de controle e alarme em voo, enchendo os nossos corações de esperança e realimentando o vigor que outrora fez diferença para o Brasil”, destaca o Oficial-General.
O Vice-Presidente de Contratos da Embraer Defesa & Segurança, Marcio Monteiro, ressaltou a importância da entrega de mais uma aeronave modernizada. “É um momento de esforço conjunto entre a Força Aérea Brasileira e a Embraer desde a concepção do projeto no início dos anos 2000 e depois na assinatura do contrato de modernização em 2012. Esta terceira aeronave representa a coroação do trabalho de muitas pessoas e propicia à FAB um melhor desempenho para o cumprimento de uma de suas funções constitucionais, que é a proteção e o controle do espaço aéreo nacional”, comenta.
O E-99 na FAB
Quando passou a integrar a frota de aeronaves da FAB, em 2002, o vetor era então denominado R-99A, que contemplava modernos equipamentos aeroembarcados e uma capacidade expressiva para a história da Instituição. Cumpriu diversas missões, voando por quase 30 mil horas em 18 anos. Neste período, vigiou do alto todo o território nacional. Porém, com o avanço da tecnologia, surgiu a necessidade da modernização.
Atualmente, a aeronave modernizada conta com cinco consoles atualizados no estado da arte em sistemas de comando e controle, com recursos modernos e com operação mais intuitiva. As aeronaves são dotadas com novos rádios com capacidade de comunicações seguras de voz e de dados, detecção de alvos a baixa altura e de guerra eletrônica ampliadas, além de modificações estruturais para melhor desempenho dos operadores.
O E-99M é capaz de fornecer dados de inteligência precisos, em tempo real. Quando os pilotos de caça recebem as suas ordens e decolam para as missões de interceptação, as aeronaves E-99M monitoram o espaço aéreo da região, visualizando toda a área de operação. As aeronaves têm a capacidade de complementar os sinais dos radares de solo, servindo também como uma reserva de visualização radar ou de comunicações para o tráfego aéreo da aviação geral.
Além do processo de modernização e atualização dos sistemas de missão e subsistemas relacionados, o projeto também possui acordos de transferência de tecnologia que possibilitarão avanços tecnológicos na área de defesa da indústria brasileira. O emprego das aeronaves E-99M é indispensável em um cenário de operações aéreas, em face da flexibilidade de posicionamento do avião, juntamente com a capacidade de detecção de tráfegos à baixa altura, permitindo realizar a cobertura radar das áreas de interesse do Comando da Aeronáutica.
FONTE: Força Aérea Brasileira