Cimentando laços com a França, Emirados Árabes Unidos fazem pedido de US$ 19 bilhões em aviões de combate e helicópteros
DUBAI, 3 de dezembro (Reuters) – Os Emirados Árabes Unidos encomendaram 80 caças Rafale e 12 helicópteros militares na sexta-feira 3/12), aprofundando os laços econômicos e políticos com a França por meio de um contrato de armamento no valor de 17 bilhões de euros (US$ 19,20 bilhões).
A maior venda ao exterior do avião de combate francês foi selada quando o presidente francês Emmanuel Macron iniciou uma viagem de dois dias ao Golfo, durante a qual visitará também o Qatar e a Arábia Saudita.
“Este contrato é histórico”, disse a ministra das Forças Armadas da França, Florence Parly, em um comunicado.
A presidência francesa disse que o acordo, assinado em uma cerimônia entre o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan (MBZ), e Macron, à margem da Dubai Expo 2020, vale US$ 19 bilhões.
A visita de Macron ocorre em um momento em que os estados do Golfo Árabe expressaram incerteza sobre o foco dos Estados Unidos na região, mesmo enquanto buscam mais armas de seu principal aliado de segurança.
As ações da Dassault Aviation SA, fabricante do Rafale, subiram mais de 9%.
É a maior compra do Rafale fabricado pela Dassault, além do exército francês, e vem após negócios na Grécia, Egito e Croácia este ano.
Abu Dhabi também encomendou 12 helicópteros Caracal H225M.
Fontes da defesa disseram que o Rafale substituirá a frota do Mirage 2000, mas é improvável que substitua o F-35 de fabricação americana, já que os Emirados Árabes Unidos continuam protegendo sua segurança com dois grandes fornecedores, França e Estados Unidos.
O negócio, no entanto, pode ser visto como um sinal de impaciência, já que o Congresso dos EUA hesita em aprovar um acordo com o F-35 em meio a preocupações sobre a relação dos Emirados Árabes Unidos com a China, incluindo a prevalência da tecnologia 5G Huawei no país.