A missão é localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo

Eu sabia que vocês viriam!”. Esta é a frase que ecoa há 54 anos na Força Aérea Brasileira (FAB) quando o assunto é Aviação de Busca e Salvamento. O episódio remete ao dia 26 de Junho de 1967, quando cinco militares foram resgatados após o desaparecimento da aeronave C-47 FAB 2068, na selva Amazônica. A operação foi considerada como um legado na Aviação de Busca e Salvamento da aviação brasileira.

A atuação dos militares consiste no emprego de Meios de Força Aérea e inicia com o acionamento do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que tem o propósito de localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo. Esse sistema tem um órgão central, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que normatiza, coordena e controla as ações de Busca e Salvamento.

Missões reais em 2021

Dentre as missões já cumpridas neste ano, ocorreram os resgates de tripulantes a bordo de embarcações em alto-mar. A tripulação percorre longa distância até chegar ao ponto de localização, realiza a infiltração, a exfiltração da vítima e retorna ao solo para atendimento médico.

Os resgates são feitos com helicópteros – como o H-36 e o H-60L – devido à capacidade de realizarem voos pairados. Estão à disposição para as missões de busca, aeronaves de asa fixa: o SC-105, o P-3AM, o P-95 e o C-130.

Atualmente, dez Esquadrões compõem a aviação e estão localizados em todas as regiões do Brasil, sendo elas: 2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano e o EAS – Esquadrão PARA-SAR, localizados em Campo Grande (MS); 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão, em Parnamirim (RN); 3º/8º GAV – Esquadrão Puma, 1º/7º GAV – Esquadrão Orungan e 1º/1º GT – Esquadrão Gordo, no Rio de Janeiro (RJ); 5º/8º GAV – Esquadrão Pantera, em Santa Maria (RS); 2º/7º GAV – Esquadrão Phoenix, em Canoas (RS); 7º/8º GAV – Esquadrão Harpia, em Manaus (AM); e 3º/7º GAV – Esquadrão Netuno, em Belém (PA).

Preparação contínua

Com foco na preparação contínua dos militares, o Comando de Preparo (COMPREP) coordena os Exercícios Técnicos (EXTEC), que visam adestrar os Esquadrões na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da Ação de Força Aérea de Busca e Salvamento em cenário terrestre e marítimo. Durante o mês de maio, foi realizado na Ala 12, no Rio de Janeiro (RJ), o EXTEC SAR (do inglês, Search and Rescue).

O Comandante da Guarnição de Aeronáutica de Santa Cruz (GUARNAE-SC), Coronel Aviador Marcelo da Costa Antunes, comentou acerca do EXTEC. “Os treinamentos seguem os moldes de um acionamento real de busca, pois contam com o apoio da estrutura operacional do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO), do DECEA e do Navio-Patrulha Oceânico Amazonas (P-120) da Marinha do Brasil. Por se tratar de missão de treinamento em ambiente controlado, durante todos os voos são medidos os índices de eficiência das tripulações e, caso seja necessário, é possível implementar melhorias para aumentar o desempenho para um possível emprego em missões reais”, destaca o Oficial.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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