Há 39 anos, durante a Guerra das Malvinas/Falklands, um bombardeiro Vulcan da RAF pousava no Rio de Janeiro escoltado por dois F-5E da FAB
A arte da abertura é de autoria de Aicro Junior
Em 3 de junho de 1982, durante a Guerra das Malvinas/Falklands, um bombardeiro Avro Vulcan da Royal Air Force pousou no Aeroporto Internacional do Galeão no Rio de Janeiro, escoltado por dois caças F-5E Tiger II da Força Aérea Brasileira.
O bombardeiro Vulcan matrícula XM597 estava participando da missão Black Buck 6 de ataque aos radares do aeroporto de Port Stanley ocupado por tropas argentinas.
No retorno da missão em direção à Ilha de Ascensão no Oceano Atlântico, durante o reabastecimento em voo, o probe do Vulcan foi danificado, obrigando a tripulação do bombardeiro a alternar para o aeródromo mais próximo, no Rio de Janeiro.
Ao se aproximar da costa brasileira, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) acionou dois caças F-5E da Base Aérea de Santa Cruz para a interceptação.
O bombardeiro foi conduzido ao Galeão e o avião e sua tripulação permaneceram por uma semana no Rio de Janeiro.
Durante a missão, os caças ultrapassaram a barreira do som e as ondas de choque quebraram vidraças e assustaram pessoas no centro do Rio de Janeiro.
Na missão de ataque aos radares argentinos, o Vulcan estava equipado com 4 mísseis antirradiação AGM-45 Shrike.
Dois mísseis foram lançados contra os alvos e no retorno, após o problema com o probe de reabastecimento, a tripulação do Vulcan tentou alijar os dois mísseis restantes, mas apenas um desprendeu-se do avião.
O Vulcan acabou pousando no Galeão com um míssil AGM-45 sob uma das asas.
O bombardeiro e sua tripulação foram liberados para deixar o Brasil após uma semana, mas sem o míssil.
O míssil AGM-45 retido foi visto pela última vez em São José dos Campos (SP), segundo uma fonte.