Projeto do IFF que será aplicado no F-39 Gripen passa por revisão técnica multidisciplinar
Aeronave F-39 Gripen será o primeiro meio de Força Aérea a operar o criptocomputador CM4-B, um dos mecanismos avaliados
O Projeto IFF (Identification Friend or Foe) Modo 4 Nacional (IFFM4BR) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) passou pela Preliminary Desgin Review (PDR), nos dias 4 a 6 de maio. A PDR é uma revisão técnica multidisciplinar que busca atestar que o Projeto está capaz de estabelecer a linha de base para todos os seus subsistemas e arquiteturas subjacentes.
O Sistema IFF identifica plataformas militares, de amigo ou inimigo, melhorando as Regras de Engajamento ao permitir o emprego de mísseis além do alcance visual com redução das ocorrências de fratricídio (fogo amigo).
No evento, foi analisada a maturidade tecnológica de cada um dos produtos em desenvolvimento: o Criptocomputador CM4-B, que será integrado no F-39 Gripen; o Criptocomputador CM4-L, que servirá de base para a integração das demais Forças Armadas; o carregador de chaves criptográficas (Keyloader) KM4; e os aplicativos para geração, distribuição e recebimento das chaves criptográficas que ocorrem em parceria com o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ).
Participaram da PDR representantes do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Comando de Preparo (COMPREP), do Comando Geral de Apoio (COMGAP), da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronave de Combate (COPAC) e do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI).
DESAFIOS
Apesar dos enormes desafios em desenvolver um sistema tão complexo quanto o IFF Modo 4 Nacional, o Projeto passou pela revisão sem dívidas técnicas. O evento atestou a maturidade do projeto e sua aderência ao cronograma, o qual precisa atender a janela de integração para as próximas etapas de desenvolvimento do novo caça da FAB, o F-39 Gripen.
Para o Gerente-Adjunto do Projeto F-X2 na COPAC, Major Aviador Ivo Cheregati, a participação na PDR do IFFM4BR foi fundamental, uma vez que a aeronave F-39 Gripen será o primeiro meio de Força Aérea a operar o criptocomputador CM4-B. “Do ponto de vista gerencial, acompanhamos os detalhes do andamento do Projeto e constatamos que as evidências de cumprimento dos requisitos, no nível tratado na PDR, estão relacionadas como definido no Projeto F-X2. Dessa forma, a atuação sinérgica dessa stakeholder (parte interessada) garante que tal etapa da engenharia de sistemas ocorra de forma plena, proporcionando o continuado progresso na consecução da Fase 2 do Projeto IFFM4BR”, disse.
FONTE: Força Aérea Brasileira