Substituição dos ILS por modelos mais modernos permite maior disponibilidade dos Sistemas nos pousos em condições meteorológicas adversas

A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) finalizou com sucesso a substituição de todos os Sistemas de Pouso por Instrumentos (ILS, do inglês Instrument Landing System) do Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), em São Paulo(SP).

O Sistema de aproximação por instrumentos dá uma orientação precisa ao avião que esteja na fase de aproximação final de uma determinada pista, principalmente em condições meteorológicas adversas. Dividido em dois Sistemas, um mostra a orientação lateral do avião em relação à pista (Localizer) e o outro mostra o ângulo de descida ou orientação vertical (Glide Slope).

As substituições, coordenadas pela Divisão Técnica da CISCEA, foram iniciadas em 2019 e contaram com o apoio do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), do Subdepartamento de Operações (SDOP), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), de representantes da empresa Thales, da INFRAERO e da concessionária do aeroporto GRU Airport, em um processo que envolveu a coordenação operacional de modo a minimizar o impacto nas operações aeroportuárias, além de treinamento específico para a equipe de manutenção.

“Por uma questão de segurança e confiabilidade, todo auxílio à navegação aérea é submetido a uma série de testes técnicos antes de ser homologado e disponibilizado para a aviação geral”, explicou o Engenheiro Carlos Eduardo Moreira Ramos Schaefer, da Divisão Técnica da CISCEA.

O Aeroporto Internacional de São Paulo já contava com a operação ILS, Categorias I, II e III, para aproximações de precisão. O upgrade de Categoria dos equipamentos admitirá um incremento na segurança das operações de aproximação e pouso, tendo em vista que os novos equipamentos permitem que o ponto de decisão do piloto seja feito a 30 metros (100 pés) de altura e visibilidade horizontal sobre a pista de 175 metros.

Para interferir o mínimo possível no cotidiano de operações do aeroporto mais movimentado do País, os especialistas efetuaram uma análise do histórico de tráfego aéreo e da meteorologia da localidade, de forma a definir o período do ano com as melhores condições climáticas e o menor movimento de aeronaves para as substituições dos ILS, que ocorreram uma de cada vez.

Além disso, os novos ILS, mais modernos, agregarão novas funcionalidades como a capacidade de supervisão técnica à distância, outrora inexistente, que possibilitarão às equipes de manutenção em terra o acompanhamento online do status operacional do equipamento, bem como a realização de ajustes dos seus parâmetros remotamente.

Para o Coordenador de Manutenção de Sistemas de Navegação Aérea da Infraero, Marcelo Citrangulo, a substituição dos ILS antigos, que já estavam desatualizados por falta de peças no mercado, facilita muito a revisão. “As manutenções preventivas também são feitas com menos intervenção física no equipamento, já que muitos sistemas estão informatizados e podem ser acessados pelo Sistema de Controle Remoto instalado no prédio da Torre de Controle. Os novos ILS com DME possibilitaram também a desativação do marcador médio e externo, que são sítios que ficam a uma distância muito grande do aeroporto e que trazem frequentes problemas de manutenção e segurança local. Além disso, o equipamento novo, por possibilitar um ajuste via rede de computadores, facilita também a logística dos voos do GEIV, pois é possível fazer o voo de inspeção com menor número de técnicos presentes nos equipamentos”, afirma.

Atualmente, o Aeroporto Internacional de São Paulo é o único no Brasil que dispõe de um Sistema ILS CAT III, que quando operando associado a um Sistema de Luzes de Aproximação (ALS), permite ao piloto da aeronave pousar sem enxergar a pista de pouso. Para o chefe da Divisão Técnica da CISCEA, Tenente-Coronel Engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima, os ILS instalados pela CISCEA são Sistemas de última geração que utilizam o mais recente projeto de tecnologia de estado sólido com maior confiabilidade e estabilidade de sinal. “Estamos mantendo a regularidade da atualização e aprimoramento dos Sistemas de Auxílio à Navegação Aérea e restringindo ao máximo a possibilidade de inoperância por parte de algum equipamento”, afirmou.

Para o Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, o DECEA, por meio da CISCEA, está otimizando o fluxo aéreo, gerando maior economia de combustível para os usuários. “A substituição dos ILS por modelos mais modernos permite manter a confiabilidade e a segurança nas operações aéreas dos aeroportos, além da maior disponibilidade destes Sistemas nos pousos, devido à menor quantidade de intervenções nos equipamentos para manutenção”, disse.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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