A Boeing voou o caça F-15EX da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) ontem pela primeira vez.

O primeiro exemplar da nova aeronave de combate subiu na vertical em uma manobra de decolagem “Viking” logo após decolar do aeroporto St. Louis Lambert International em Missouri em 2 de fevereiro, disse a Boeing. A empresa planeja entregar os dois primeiros jatos à USAF no final do primeiro trimestre de 2021.

A fábrica da Boeing em St. Louis produz todas as variantes do F-15, bem como o F/A-18E/F Super Hornet.

O voo inicial de 90 minutos incluiu uma verificação dos aviônicos, sistemas de missão e software do caça, diz a empresa. Uma equipe de solo monitorou os dados durante o voo e a aeronave teve o desempenho planejado, diz a Boeing.

O F-15EX é baseado em variantes “avançadas” do caça F-15, feitas para o Catar e Arábia Saudita. Esses são o F-15QA (Qatar Advanced) e o F-15SA (Saudi Advanced). Ele vem com uma série de atualizações não incluídas na frota envelhecida de F-15C/D da USAF.

“O backbone digital do caça significa que ele pode servir como um teste para a inserção de tecnologia no futuro, uma capacidade chave para a Força Aérea”, diz a Boeing. “Variantes modernas do F-15 também incluem controles de voo fly-by-wire, uma cabine digital totalmente nova, um radar AESA moderno e o ADCP-II, o computador de missão mais rápido do mundo.”

O caça agora também vem com o Eagle Passive Active Warning Survivability System, um sistema de guerra eletrônica.

Em 2020, a USAF concedeu à Boeing um contrato de US$ 1,2 bilhão para fabricar o primeiro lote de oito aeronaves. O programa de registro do serviço exige até 144 exemplares, avaliados em cerca de US$ 23 bilhões.

A USAF decidiu comprar o F-15EX devido aos seus custos operacionais mais baixos em comparação com o F-35 da Lockheed Martin. Também é considerado mais fácil de adicionar à frota do serviço por causa de suas semelhanças com o F-15C/D que está substituindo.

O programa é polêmico dentro do Departamento de Defesa, pois o F-15EX de quarta geração tem uma seção transversal de radar muito maior em comparação com o F-35. Sem essa furtividade embutida, o jato de combate precisaria de muita ajuda adicional e poderia sofrer baixas, se tentasse penetrar nas sofisticadas defesas aéreas da China ou da Rússia.

FONTE: FlightGlobal

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