Saab JAS 39E Gripen

A Saab está oferecendo a abertura de dois novos centros aeroespaciais como parte de sua proposta do Gripen E para o Projeto de Capacidade de Caça do Futuro do Canadá.

As instalações aeroespaciais, o Gripen Center e o Aerospace Research & Development Centre, seriam sediadas na região da grande Montreal, anunciou a empresa no International Aerospace Innovation Forum 2020 da Aero Montreal em 14 de dezembro.

O desenvolvimento de software e hardware do sistema de missão, bem como a integração, para o proposto Gripen E da Royal Canadian Air Force (RCAF) seria feito no Gripen Center.

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Aeroespacial se concentraria em uma variedade de tecnologias aeroespaciais, incluindo automação, inteligência artificial e tecnologias “verdes”. Esse trabalho pode ou não estar diretamente relacionado ao Gripen E. Em vez disso, a pesquisa e o desenvolvimento se concentrariam nas tecnologias aeroespaciais de próxima geração de maneira mais geral.

A Saab também está em negociações com universidades locais não divulgadas sobre parcerias relacionadas aos centros aeroespaciais, diz.

A Saab tem apenas cerca de 50 pessoas trabalhando no Canadá atualmente, em vários negócios, como gerenciamento de tráfego marítimo e treinamento do exército e trabalho de simulação. No entanto, entre os dois centros aeroespaciais, a empresa prevê pelo menos 3.000 pessoas empregadas diretamente.

A RCAF pretende comprar 88 caças avançados para substituir sua frota de Boeing CF-18 Hornets. O Departamento de Defesa Nacional do Canadá estima que a aquisição da aeronave, equipamentos relacionados e a entrada em serviço custarão de C$ 15 a 19 bilhões (US$ 11,8 a 14,9 bilhões).

A adjudicação do contrato está prevista para 2022 após avaliação do RCAF. A Força Aérea quer que os primeiros jatos sejam recebidos já em 2025. A nova frota deve voar além de 2060.

Além da Saab, a RCAF recebeu propostas em julho da Boeing, que está oferecendo seu F/ A-18E/F Super Hornet, e da Lockheed Martin, que está oferecendo caças stealth F-35 Lightning II.

O Canadá também faz parte do programa F-35 Joint Strike Fighter, gastando mais de US$ 500 milhões no esforço desde 1997, um investimento que permitiu às empresas canadenses garantir C$ 1,8 bilhão em contratos do projeto.

No entanto, Ottawa ainda não se comprometeu a comprar F-35s, daí a competição de aquisição. Os políticos se opuseram aos F-35s em parte devido ao alto custo dos primeiros exemplares de caça stealth. O custo do F-35A caiu para US$ 77,9 milhões por unidade, embora os custos operacionais permaneçam altos, em US$ 35.000 por hora. A Lockheed prometeu reduzir esse valor para US$ 25.000 por hora até 2025.

Por sua vez, a Saab propôs que a IMP Aerospace & Defense do Canadá administrasse a produção nacional do Gripen E e fornecesse suporte durante a vida útil da frota. A empresa diz que a aeronave inicial seria produzida na Suécia para atender à meta de Ottawa de entrega do primeiro caça em 2025. A empresa ainda está avaliando quantas aeronaves poderiam ser fabricadas no Canadá, mas afirma que pretende “maximizar” o número.

O restante da equipe do Saab Gripen para o Canadá incluiria a CAE, que fornecerá treinamento e sistemas de missão; Peraton Canada, que deve fornecer equipamentos aviônicos e de teste, bem como manutenção, reparo e revisão geral de componentes e gerenciamento de materiais; e a GE Aviation, que deve fornecer e manter os motores de turbina dos caças.

FONTE: FlightGlobal

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