Satélite testará comunicação na frequência dos Terahertz, essencial para a próxima geração de redes de telefonia móvel

A China colocou em órbita no dia 6 de novembro o primeiro satélite com ‘tecnologia 6G’ do mundo. Operado pela Universidade de Ciência Eletrônica e Tecnologia da China (UESTC), em Chengdu, na província de Sichuan, ele tem como principal objetivo sensoreamento remoto do solo, com foco em áreas como construção urbana, agricultura e monitoramento florestal, e foi lançado a bordo de um foguete Longa Marcha 6 junto com 10 satélites de monitoramento terrestre NuSat, operados pela empresa argentina Satellogic.

O satélite também testará comunicação em uma faixa de frequências que é considerada crucial para a próxima geração da tecnologia móvel, a 6G. Ele é equipado com um um transmissor e receptor capaz de comunicação na faixa de frequência dos Terahertz, e servirá como uma plataforma de testes para aplicação da tecnologia no espaço. Esta faixa de frequências é cobiçada para a tecnologia 6G pois tem como vantagens uma abundância de espectro e alta taxa de transmissão.

Dificuldades no uso prático

Entretanto, comunicação na faixa dos Terahertz apresenta desafios como baixo alcance e a dificuldade de atravessar obstáculos, como construções. São os mesmos problemas que afligem as atuais redes 5G na faixa de frequências conhecida como “millimeter wave”.

Empresas chinesas como Huawei e MediaTek já trabalham no desenvolvimento da tecnologia necessária para as redes 6G. A Samsung espera que ela começará a ser oferecida comercialmente em 2028 e chegará aos consumidores em larga escala em 2030, com velocidades de download de até 1.000 gigabits por segundo.

FONTE: Gizchina, via Olhar Digital

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