O incerto destino do programa N-156F era contrastado pela rápida introdução do T-38 Talon na USAF. A confiança era tão grande no projeto que depois de seis meses de ensaios 50 aeronaves foram encomendadas. Já em 1961 os primeiros exemplares entravam em serviço no Comando de Treinamento Aéreo.

Naquele mesmo ano teve início uma série de quebras de recordes com o Talon. O padrão de pintura branco e a velocidade do jato deram origem ao apelido “White rocket” (foguete branco).

Na USAF o T-38, oficialmente designado T-38A, substituiu o T-33 na função de treinador a jato avançado, último passo antes dos pilotos ingressarem nas unidades de primeira linha.

Mas o T-38 também serviu em outras unidades da USAF sendo a mais famosa delas o Esquadrão de Demonstração Aérea da USAF “Thunderbirds”. Os T-38 substituíram os F-4 Phantom II daquela unidade, sendo muito mais simples e com custos de operação muito mais baixos.

A NASA viu no T-38 uma ótima oportunidade para manter a proficiência em voo dos astronautas. Inicialmente ela encomendou 30 aeronaves, sendo que a primeira foi recebida em maio de 1964. Todos os T-38 da NASA possuem matrículas civis e pintura branca, que posteriormente ganhou uma faixa azul para diferenciar das aeronaves da USAF.

Dois dos astronautas da NASA participaram do programa de desenvolvimento do T-38/F-5: Elliot See e Neil Armstrong. Por coincidência, ambos foram os primeiros astronautas civis da NASA. Armstrong era funcionário era piloto de provas da NACA e See funcionário da GE.

See e seu colega Charlie Bassett haviam sido escalados para a missão Gemini-Titã 9. No entanto, ambos faleceram no dia 28 de fevereiro de 1966 quando o T-38 que voavam caiu sobre o prédio onde a Cápsula da Gemini IX estava sendo construída.

O acidente alterou o cronograma das tripulações dos voos espaciais da NASA e uma das consequências foi a indicação de Buzz Aldrin para integrar a tripulação da Apolo XI e tornar-se o segundo homem a pisar na Lua.

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