Em 2019 a Argentina confirmou negociações com a empresa sul-coreana KAI para aquisição do jato FA-50 Fighting Eagle

Os principais planos que estabelecem as diretrizes gerais do material que deve ser adquirido e incorporado à Força Aérea Argentina são o Plano Transversal Sistêmico (PTS) e o Plano de Capacidades Militares (PLANCAMIL).

O primeiro visa estabelecer as previsões para o alcance de capacidades baseadas na ciência, tecnologia e no sistema de produção nacional, de forma a dotar o instrumento militar de alerta estratégico, reconhecimento e vigilância aeroespacial, coordenados através de um sistema de comando e controle no todo o território nacional.

A segunda é uma ferramenta que identifica e define o modelo de instrumento militar, seu conceito de emprego, categoria de forças e os efeitos que deve assegurar, bem como as capacidades militares conjuntas, seus sistemas de força e o adequado desdobramento territorial a ser implementado.

O Instrumento Militar desenhado no âmbito destes dois planos, cujos objectivos são complementares, é o necessário e adequado para cumprir os requisitos operacionais da Defesa Nacional. Com esses planos como diretrizes para o planejamento da Força Aérea Argentina, podem-se detalhar as aeronaves que se espera serem incorporadas e modernizadas nos próximos anos:

IA-58 Pucará com novos motores PT-6

 

1. Aviação de caça:

• Adquirir um número de doze caças complementares, como uma aeronave de transição para um sistema de armas de quarta geração.

• Modernizar um total de doze aeronaves EMB-312 Tucano, com o objetivo de otimizar sua operação para continuar apoiando as atividades de vigilância e controle aeroespacial.

• Incorporar, por meio de compra e desenvolvimento nacional, sistemas de tiro aéreo para equipar os sistemas de armas EMB-312 Tucano, IA-63 Pampa II e Pampa III, de forma a contribuir com a vigilância e controle aeroespacial.

• Aumentar o número de aeronaves no sistema A-4AR Fightinghawk, recuperando o ciclo logístico correspondente.

A-4AR

• Continuar com o desenvolvimento de sistemas aéreos não tripulados de forma a aumentar a capacidade de vigilância, exploração e reconhecimento aéreo com este tipo de vetores.

• Reconfigurar as capacidades do sistema de armas IA-58 Pucará através da modernização de seu motor e aviônica (com intervenção da FAdeA), de forma a utilizar os sensores e sistemas desenvolvidos pelo INVAP S.E. para vigilância, exploração e reconhecimento aéreo, especialmente no norte da Argentina.

• Continuar com a incorporação das aeronaves IA-63 Pampa III fabricadas pela FAdeA, com o objetivo de atingir uma frota de 40 aeronaves.

POD ISR da INVAP para o Pucará

2. Aviação de Transporte:

• Adquirir uma aeronave Boeing 737 para tarefas de transporte aéreo de médio alcance.

• Continuar os processos de incorporação de 10 aeronaves leves TC-12B Huron de curto alcance.

• Recuperar progressivamente o sistema Fokker F-28, para ter três aeronaves, de forma a complementar o sistema de transporte de médio alcance.

• Continuar com a modernização do sistema de armas do C-130 Hercules para o número de seis aeronaves.

• Continuar com a recuperação do sistema de armas Lear Jet L-35, de forma a sustentar as atividades exigidas pelo Estado Nacional (verificação radioelétrica, exploração e reconhecimento fotográfico, voos médicos, transferência de órgãos, etc.). Nota: A recuperação de todas as aeronaves de transporte (SAAB 340, DHC-6 Twin Otter) tem, entre outros objetivos, contribuir para a tarefa de conexão de voos e promoção do LADE dentro do país, especialmente na região patagônica.

Mi-17 da Força Aérea Argentina

3. Helicópteros:

• Substituir progressivamente o sistema de armas SA-315 Lama (com mais de 40 anos de serviço nas FAA), prevendo a incorporação de pelo menos três helicópteros aptos para operações de busca e salvamento e ajuda humanitária em altas montanhas.

• Recuperar o ciclo logístico dos dois helicópteros pesados ​​Mi-171E para dar continuidade às tarefas de transporte e carga de apoio à atividade antártica. A tarefa será realizada na Área de Materiais da Quilmes, com assistência russa.

• Reconfigurar a Unidade Aérea em Chipre que está operando sob o mandato da ONU. Espera-se homogeneizar a frota de helicópteros desdobrada na mencionada missão. Os helicópteros leves H-500 serão aposentados e a frota será unificada nos Bell 212 da instituição.

FONTE: Ministério da Defesa da Argentina via Desarrollo Defensa y Tecnologia Belica

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