Em continuidade ao processo de modernização da rede de radares de vigilância do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e com o objetivo de aprimorar o controle do espaço aéreo na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia, a Força Aérea Brasileira (FAB) inaugurou no dia 18 de agosto, em Corumbá (MS), uma nova estação radar composta por radares primário e secundário. O evento contou com a presença do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro.

A entrada em serviço desses novos equipamentos visa potencializar a identificação de aeronaves voando em baixas altitudes naquela região de fronteira, trazendo benefícios operacionais tanto para o controle civil de aeronaves, quanto para a defesa aérea, aumentando a capacidade de detecção de tráfegos não autorizados ou de emprego ilícito, colaborando decisivamente para o sucesso das ações de policiamento do espaço aéreo e de combate ao narcotráfico. Portanto, além de auxiliar no controle do espaço aéreo, a nova estação vai proporcionar a ampliação da vigilância e o combate ao tráfego aéreo ilícito, com foco no Centro-Oeste brasileiro.

A implantação de novas tecnologias e equipamentos tem sido uma constante preocupação estratégica da Força Aérea Brasileira, visando à manutenção da Soberania e da Defesa Nacional. “Estamos constantemente buscando novas soluções e tecnologias para melhorar o trabalho prestado ao País dentro das nossas ações de Controlar, Defender e Integrar 22 milhões de quilômetros quadrados”, afirma o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.

“Essa nova estação traz um importante incremento ao controle do tráfego aéreo na região e, principalmente, otimiza a detecção de tráfegos não cooperativos nessa área de fronteira, constituindo uma ferramenta a mais para a defesa aérea do nosso País”, destaca o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues.

O equipamento de modelo LP23SST-NG, fabricado pela empresa Omnisys no Brasil, faz parte de uma nova geração de radares primários de longo alcance, com capacidade para detectar aeronaves cooperativas e não-cooperativas e serão equipados com a capacidade de altimetria permitindo a identificação dos alvos com precisão, além de funções de proteção eletrônica que resguardam os radares contra interferências eletromagnéticas, sejam elas intencionais ou não.

A FAB, por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), e a Omnisys assinaram, no final de 2018, um contrato para o fornecimento de três radares. As localidades de Porto Murtinho (MS) e Ponta Porã (MS) serão as próximas a contarem com o equipamento. “Estamos aumentando a capacidade de vigilância do espaço aéreo no território nacional, reforçando as ações para manutenção da soberania e segurança de nossas fronteiras”, afirma o Presidente da CISCEA, Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.

Equipamentos de operação da estação radar LP23SST NG-RSM970S

Fabricação nacional

Os radares são fabricados no Brasil pela empresa Omnisys em São Bernardo do Campo (SP), o que permite o acesso rápido e fácil a toda a sua cadeia produtiva e agiliza os procedimentos de assistência técnica por parte do fabricante. O projeto prevê também a absorção do conhecimento técnico pelo Comando da Aeronáutica (COMAER), visando à realização das atividades de manutenção preventiva e corretiva, minimizando os custos de logística e mantendo um alto nível de disponibilidade dos equipamentos.

Além do radar primário LP23SST-NG, a estação radar também contará com o radar secundário RSM970S, que tem por finalidade obter informações de identificação e altitude de aeronaves cooperativas.

“A inauguração dessa estação radar de vigilância de fronteiras é mais um importante marco para o Brasil e estamos honrados em fazer parte fornecendo o estado da arte em tecnologia, desenvolvida em território nacional, e soluções para o controle de tráfego aéreo que contribuirão ainda mais com a soberania do país”, afirma o CEO Omnisys Luiz Henriques.

Sobre o DECEA

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é a organização do Comando da Aeronáutica responsável pelo planejamento e gerenciamento das atividades relacionadas com o controle do espaço aéreo, com a proteção ao voo, com o serviço de busca e salvamento e com as telecomunicações do Comando da Aeronáutica. Tem por missão contribuir para a garantia da soberania nacional, por meio do gerenciamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

O DECEA apoia, estratégica e taticamente, operações e exercícios aéreos de caráter estritamente militar, bem como a defesa do espaço aéreo sob responsabilidade do Estado brasileiro. Unidades dotadas de sistemas de telecomunicações, vigilância, meteorologia e navegação móveis, centros especializados de apoio a operações militares, dentre outros, estão dispostos ao longo do País para assegurar as atribuições sob sua responsabilidade.

Sobre a CISCEA

Criada em 23 de julho de 1980, a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) é um organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e tem a missão de promover as atividades relacionadas com a implantação de projetos voltados para o desenvolvimento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e de outros projetos de interesse do Comando da Aeronáutica (COMAER) que lhe forem atribuídos, bem como a modernização de sistemas já implantados.

Sobre a Omnisys

A Omnisys é uma empresa brasileira de alta tecnologia com larga experiência nos mercados civil, espacial, defesa e segurança. Sediada em São Bernardo do Campo (SP), a empresa possui mais de 200 funcionários e forte atuação nos segmentos de controle de tráfego aéreo, defesa aérea, eletrônica de mísseis, guerra eletrônica, sonares, cargas úteis para satélites, entretenimento em voo, além de serviços.

Em 2006, a Omnisys tornou-se subsidiária do Grupo Thales, sendo referência com seu Centro de Excelência de Radares de Gerenciamento de Tráfego Aéreo, com produção para o mercado nacional e internacional, tendo já produzido cerca de 65 equipamentos, com mais de 60% da produção destinada à exportação. Os radares fabricados no Brasil estão em operação em diversos países da Europa, América Latina e Ásia. Ainda, a Omnisys provê localmente todo o suporte técnico necessário para assegurar a alta taxa de disponibilidade dos equipamentos, incluindo a manutenção preventiva e corretiva, suporte técnico em campo e treinamento de manutenção e de operação.

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação

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