Japão favorece projeto nacional de caça após rejeitar projetos estrangeiros
TÓQUIO – O Japão quer desenvolver um caça furtivo localmente, rejeitando os projetos da Lockheed Martin Corp e da Boeing Co. nos Estados Unidos e da britânico BAE Systems PLC, disseram à Reuters três fontes com conhecimento do programa.
Isso colocaria a principal contratada de defesa do Japão, Mitsubishi Heavy Industries, na liderança de um contrato militar no valor de mais de US$ 40 bilhões. A empresa não submeteu um projeto para o caça de próxima geração, mas desenvolveu o demonstrador de tecnologia de caça furtivo do Japão, o X-2 (conhecido anteriormente como ATD-X), em 2016.
“Os projetos furtivos do Japão tiveram um bom desempenho nos testes até agora”, disse uma das fontes, que tem conhecimento da discussão sobre o novo plano proposto, conhecido como F-3 ou F-X.
Um porta-voz da Mitsubishi Heavy disse que a empresa trabalharia com o governo em qualquer política que decidisse seguir.
“Entendemos que o governo japonês liderará o programa de desenvolvimento”, disse um porta-voz da Mitsubishi Heavy.
A Força Aérea de Autodefesa do Japão voa cerca de 200 jatos Boeing F-15 e está substituindo esquadrões de caças F-4 de décadas pelos Lockheed Martin F-35. O F-3 sucederá o F-2, um derivado do F-16 Fighting Falcon desenvolvido em conjunto pela Mitsubishi Heavy e Lockheed Martin há mais de duas décadas.
As propostas da Lockheed, Boeing e BAE “foram consideradas como não atendendo às nossas necessidades”, disse um funcionário da Agência de Aquisição, Tecnologia e Logística (ATLA) do Ministério da Defesa do Japão. “Ainda não foi tomada uma decisão sobre a aeronave”, acrescentou.