EUA enviam B-52 para o Estreito de Taiwan após exercícios militares chineses
A Força Aérea dos EUA (USAF) enviou dois bombardeiros B-52 e um MC-130J Commando II para as proximidades do Estreito de Taiwan na manhã desta quarta-feira depois que as forças navais e aéreas chinesas sobrevoaram a ilha duas vezes esta semana, disse o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan.
O MC-130J voou de norte a sul ao longo do espaço aéreo sobre o Estreito de Taiwan, enquanto os B-52 voaram ao longo da costa leste de Taiwan, disse a porta-voz da Força Aérea do Pacífico, Maj. Victoria Hight. Eles foram “monitorados de perto”, disse o ministério da defesa em comunicado nesta quarta-feira.
O estreito de 110 milhas de largura separa a China continental de Taiwan, que Pequim considera como uma província.
O voo ocorreu depois que a China realizou exercícios aéreos consecutivos perto de Taiwan nesta semana.
No domingo, a China enviou bombardeiros, caças a jato e aeronaves de alerta aéreo que voaram pelo canal Bashi e pelo estreito de Miyako, informou no domingo um comunicado do Ministério da Defesa chinês. Vários destróieres e fragatas também estiveram envolvidos no exercício.
“A patrulha de combate das forças armadas chinesas é completamente legítima e é a ação necessária para lidar com a atual situação de segurança no Estreito de Taiwan e salvaguardar a soberania da China”, disse o comunicado do Ministério da Defesa chinês.
Na segunda-feira a China realizou exercícios aéreos e navais conjuntos nas águas da costa sudeste de Taiwan, incluindo exercícios de ataque ar-terra e de apoio de fogo, disse um comunicado do Ministério da Defesa na terça-feira.
Os caças chineses durante o exercício de segunda-feira cruzaram a “linha intermediária” do Estreito de Taiwan, aproximando-se mais de Taiwan do que da China continental, disse terça-feira um relatório do jornal estatal chinês Global Times.
O especialista militar chinês Song Zhongping disse ao Global Times que as manifestações “não são apenas avisos aos secessionistas de Taiwan, mas também demonstrações das capacidades do PLA para resolver a questão de Taiwan pela força”.
Song acrescentou que os exercícios chineses visam aprimorar habilidades “úteis em possíveis batalhas contra a força militar de Taiwan”, disse o relatório do Global Times.
A China fez uma “incursão profunda” pela última vez na linha intermediária do estreito em 2019, depois de 20 anos, disse Bonnie Glaser, consultora sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em Washington no mês passado.
Os exercícios ocorrem um mês depois que Tsai Ing-wen foi reeleita presidente de Taiwan com a promessa de preservar a soberania da ilha, depois que o líder chinês Xi Jinping descreveu a unificação como “inevitável”.
FONTE: Stars & Stripes (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)