Concepção em 3D da HAL do ORCA-Omni Role Combat Aircraft, versão bimotor do MWF/LCA MK2.jpg

Daqui a doze anos, uma variante bimotor do caça LCA Tejas da Índia poderá começar a substituir os jatos MiG-29K fabricados na Rússia, desdobrados a bordo dos porta-aviões INS Vikramaditya e INS Vikrant da Marinha da Índia.

Desenhos detalhados de conceito do caça, apelidado de TEDBF (Twin Engine Deck Based Fighter), estão sendo estudados pela Agência de Design Aeronáutico (ADA) e pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL), que eventualmente construiriam os caças se seu desenvolvimento for financiado pelo governo.

Além disso, o projeto de uma variante da Força Aérea, a Omni Role Combat Aircraft (ORCA), com diferenças significativas de design, também está sendo estudada. Essa variante pesaria uma tonelada a menos que a variante Naval, pois não precisaria de trem de pouso reforçado necessário para operações a partir do convés de um porta-aviões.

Fontes próximas ao projeto disseram que o custo total de projeto e desenvolvimento de protótipos da aeronave “custaria menos do que o pacote India Specific Enhancement de 12.780 milhões de rupias (US$ 180 milhões)” assinado entre a Índia e a França para a personalização de 36 caças Rafale sendo introduzidos na Força Aérea do país. Os custos totais de projeto e desenvolvimento para variantes de dois motores do caça Tejas custariam menos de Rs.13.000 crores* (US$ 1,9 bilhão), com cada caça para a Marinha custando na faixa de Rs. 538 crores (US$ 79 milhões).

A variante da Força Aérea Indiana do caça custaria entre Rs 35 crore e Rs.71 crores (US$ 5 a 10 milhões) menos do que a variante da Marinha. O prazo de desenvolvimento do projeto foi fixado em seis anos a partir do momento em que o financiamento inicial for fornecido.

LCA Tejas MK1 da Força Aérea Indiana
LCA Tejas Naval no primeiro pouso enganchado a bordo do porta-aviões INS Vikramaditya
LCA Tejas Naval decolando do “ski jump” do INS Vikramaditya

Os projetistas dizem que poderiam “desenvolver confortavelmente” a nova variante bimotor do Tejas, com base na experiência adquirida no teste do protótipo naval do caça Tejas.

Este protótipo pousou no convés do porta-aviões da Índia, INS Vikramaditya, recentemente. O protótipo é propulsado por um único motor turbofan General Electric F404-GE-IN20, construído nos EUA, que não é visto como sendo potente o suficiente para justificar a fabricação em série de um Tejas Naval em sua versão atual, exceto em números muito limitados.

O bimotor significativamente maior do Tejas que agora está sendo proposto seria equipado com dois motores mais potentes General Electric F414 e teria uma carga útil e alcance de armas significativamente mais altos. O empuxo adicional fornecido por dois motores também garantiria uma maior margem de segurança para os pilotos durante a decolagem e o pouso em clima tropical quente e úmido no mar no Mar da Arábia e na Baía de Bengala.

Pesando 23 toneladas, o caça da Marinha TEDBF (Twin Engine Deck Based Fighter) seria significativamente maior que o caça Tejas Mk1 de 13,5 toneladas, que entrou em serviço  com a Força Aérea Indiana e o Tejas Mk2 de 17,5 toneladas, que deve ser introduzido a partir de 2030.

O caça teria o tamanho do MiG-29K atualmente operado pela Marinha da Índia em seu porta-aviões, o INS Vikramaditya, e teria a capacidade de transportar uma carga útil de armas de nove toneladas. Ele apresentaria asas dobráveis ​​para economizar espaço no convés dos porta-aviões.

O jato provavelmente teria uma velocidade máxima na faixa de Mach 1.6 ou pouco menos de 2.000 quilômetros por hora.

O ORCA ficaria parecido com o Rafale em tamanho e capacidades

Tanto o caça bimotor da Marinha quanto o Omni Role Combat Aircraft (ORCA) da Força Aérea recebeiram vários sensores e aviônicos autóctones que agora estão em um estágio avançado de desenvolvimento. Isso inclui um radar de varredura eletrônica ativa (AESA), que pode rastrear simultaneamente alvos no ar e no mar ou em terra com grande precisão.

Todos os caças seriam construídos com links de dados e sistemas de comunicação fabricados na Índia, o que permitiria aos jatos de uma formação trocar informações de sensor críticas com segurança durante uma missão. Uma série de armas fabricadas na Índia, incluindo a variante de longo alcance do míssil ar-ar Astra, que concluiu recentemente testes, equiparia os jatos. Os projetistas apontam que nenhuma das futuras variantes do Tejas atualmente em estudo faz parte dos atuais planos de compras da Marinha ou da Força Aérea.

“Mais de 750 aeronaves precisarão ser substituídas entre 2030 e 2050.” Até 2040, várias aeronaves mais antigas em serviço da Força Aérea Indiana, incluindo a Sukhoi 30MKI, atualmente na vanguarda, precisariam se aposentar. Segundo os projetistas, o desenvolvimento de uma variante bimotor maior do Tejas é um passo incremental à medida que prosseguem simultaneamente com o projeto e o desenvolvimento de um caça furtivo fabricado na Índia chamado AMCA (Advanced Medium Combat Aircraft), maior, mais capaz e mais caro que as variantes do Tejas.

Espera-se que a AMCA comece a entrar em serviço de esquadrão na IAF a partir de 2040, se o financiamento for garantido. “Uma variante bimotor dos Tejas seria da classe do Rafale, extremamente ágil com excelente fusão de sensores”, afirmam os projetistas que trabalham nos planos do caça futurista. O fato de que seria totalmente projetado e desenvolvido na Índia seria um grande impulso para nossas ambições de sermos uma potência aeroespacial.”

Modelo do Twin Engine Deck Based Fighter – TEDBF
Renderização em 3D de vários Twin Engine Deck Based Fighter – TEDBF a bordo do INS Vikramaditya

FONTE: NDTV / COLABOROU: Nostra

NOTA DO EDITOR: 1 crore é igual a 10.000.000 de rupias; um dólar equivale a 67,84 rupias; um crore equivale a 147.405,66 dólares.

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