Satélite CBERS-4A será lançado no dia 20
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse na segunda-feira que o lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-4A, ocorrerá no dia 20 de dezembro a partir da base da cidade chinesa de Taiyuan.
“No dia seguinte, 20, será lançado, da China, o satélite CBERS-4A para diversos fins de vigilância, além do nano-satélite Floripasat. Estabelecido no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com parte da tecnologia nacional, o CBERS- O 4A faz parte de um acordo de cooperação com a China desde 1988 “, escreveu Bolsonaro no Twitter.
“Floripasat é um cubesat (um projeto padrão de nanossatélites) desenvolvido pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) como parte de suas atividades acadêmicas. O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) ainda está se preparando para lançar satélites do Brasil, entre eles pequenos satélites brasileiros, a partir de 2021 “, acrescentou o presidente.
O CLA, no estado brasileiro do Maranhão (nordeste), é considerado um dos melhores locais para o lançamento de satélites devido à sua proximidade com o equador.
O satélite CBERS-4A, construído em parceria entre o Brasil e a China, chegou em 5 de novembro à base de lançamento de Taiyuan.
A equipe, desenvolvida em conjunto pelo INPE do Brasil e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, é o sexto satélite criado pelo Programa CBERS, assinado em 1988 pelos governos dos dois países.
A nova versão do satélite estava programada para realizar 14 voltas por dia em torno do planeta e terá como foco capturar imagens de desmatamento na Amazônia, mapear incêndios e fornecer dados para a agricultura.
“O CBERS-4A estará em uma altitude de órbita mais baixa em relação ao CBERS-4, atualmente em operação, portanto suas imagens serão geradas com uma melhor resolução espacial”, informou o INPE.
O Programa CBERS iniciou, a partir de 2004, uma política de dados abertos, na qual instituições de pesquisa, universidades e empresas privadas se beneficiaram do uso gratuito de imagens de satélite.
“O Programa CBERS, baseado no desenvolvimento de tecnologias espaciais para sensoriamento remoto, vem gerando emprego, novas oportunidades de negócios, inovação e maior lucratividade para empresas que desenvolvem sistemas e subsistemas de satélites ou usam suas imagens para oferecer serviços e produtos ao mercado “, afirmou o INPE.
FONTE: Xinhua