Caças furtivos Su-57 operam novamente na Síria
O Krasnaya Zvezda, jornal oficial do Ministério da Defesa da Rússia, informa que dois Su-57 Frazors foram enviados pela segunda vez à Base da Força Aérea Khmeimin, localizada perto da cidade costeira de Jableh e Latakia (Síria). O principal objetivo do redesdobramento foi relatado como uma demonstração renovada dos mais recentes aviões de combate russos que atuam em “condições de guerra real”. Obviamente, isso está sendo feito com a intenção de atrair potenciais compradores estrangeiros.
As “circunstâncias da guerra real” diminuíram enormemente, pois há menos ou nenhuma ameaça ar-ar (a Rússia não tem intenções de atacar aeronaves da Coalizão Ocidental da Operation Inherent Resolve ou aeronaves israelenses) e as únicas missões de guerra são missões de ataque ar-solo (de baixo nível) na área terrorista remanescente de Idlib, na qual o Su-57 não é a principal arma de escolha.
Esse desdobramento repetido de balas de prata da força russa coincide com operações intensivas destinadas a uma reconstrução e melhoria em larga escala da infraestrutura da base aérea de Khmeimim, que está em andamento desde o início de maio de 2019.
A ImageSat International (ISI) detectou grandes veículos de engenharia instalando oito revestimentos (com cerca de seis metros de largura) no lugar dos helipontos anteriormente reconstruídos. A nova infraestrutura deve ser adicionada devido a uma variedade de fatores de contingência que foram levados em consideração, desde condições climáticas a ataques repentinos de terroristas, além de impedir que os “olhos do espaço” monitorem as atividades de Khmeimim.
Segundo o senador russo Frantz Klintsevich, esses trabalhos de reconstrução fizeram com que a Rússia transformasse Khmeimin de uma estrutura temporária em uma base permanente, totalmente modernizada tanto para atividades de voo militar quanto para as condições de vida do pessoal militar.
Em um esforço para aumentar ainda mais sua presença na Síria, os militares russos avançam para melhorar a infra-estrutura na Base Naval no porto de Tartus. O plano é expandir essa base logística naval em uma estação naval totalmente desenvolvida, com dois cais extras e capacidade para até onze embarcações por vez. A nova base remodelada de Tartus também será equipada para atender navios movidos a energia nuclear, que seriam permanentemente estacionados no Mediterrâneo.
Assim, a Síria se torna um portal permanente para as operações da Rússia no Mediterrâneo e no norte da África.
FONTE: Scramble Magazine / FOTO: Alex Snow