Colômbia emitiu RFP para compra de 15 caças Eurofighter Typhoon
Ivan Gonzalez, Diretor de Vendas de Aeronaves de Combate da Airbus Defence & Space, confirmou que o Governo da Colômbia emitiu um Pedido de Proposta (RFP) de 15 novos caças multifuncionais Typhoon Tranche 3, de acordo com o site Defensa.com. Tal conversa não é nova desde que outros pedidos foram feitos desde 2015.
Essas aeronaves foram oferecidas “sem restrições” e status operacional atual, incluindo o radar de varredura eletrônica ativa CAPTOR-E CAESAR. Este acordo seria financiado diretamente pelo governo espanhol, pagando exatamente o que é pago pelo Ejercito del Aire espanhol por cada aeronave ao consórcio fabricante.
Logística, apoio e treinamento também estão incluídos, bem como transferência de tecnologia e know-how diretamente para a Corporação da Indústria Aeronáutica da Colômbia (CIAC). A Airbus não oferece apenas novas aeronaves, mas também pode oferecer adaptações de células usadas para serem atualizadas, conforme solicitado. Novas aeronaves poderão ser entregues em 2025 e as recondicionadas a partir de 2022. O custo deste possível acordo ainda não foi divulgado, mas a customização desses Typhoon para integrar equipamentos que não sejam os existentes seria de inteira responsabilidade da Força Aérea Colombiana.
A divulgação desta oferta produz várias conclusões como também novas questões. O Eurofighter Typhoon está agora disponível para as exportações da América Latina, este seria o terceiro bimotor multirole full-sized disponibilizado, já que o Rafale da Dassault e o Super Hornet da Boeing já eram oferecidos para o programa FX-2 do Brasil. Apesar de vários rumores, ainda não confirmados, dessas aeronaves estavam sendo também oferecidas à Força Aérea Chilena.
A Colômbia nunca operou um bimotor de alto desempenho. Estes exigem um investimento maciço tanto em infra-estrutura, suporte, treinamento e seus custos operacionais. Muitos considerariam algo como uma loucura por causa da luta que se tornou a integração do Kfir COA há quase uma década e sua dependência do financiamento dos EUA para suas forças armadas. A Colômbia também enviou vários RFPs com particular interesse no F-16 da Lockheed Martin, ambos novos e como Artigos Excedentes de Defesa (EDA) da Força Aérea dos Estados Unidos, como publicamos meses atrás.
Assumida como uma força armada profissional, a Força Aérea Colombiana certamente teria feito seus próprios cálculos e possibilidades antes mesmo de considerar a escalada de tal conversa após uma sessão de brainstorming. O mais provável é que um investimento de longo prazo se beneficie da potência de classe mundial do avião, da aviônica e das armas, considerando possíveis adversários regionais, como o venezuelano Su-30MKV e o brasileiro SAAB JAS-39 Gripen E/F, para substituir o Kfir COA que está em serviço.
O interesse da Airbus e do Reino de Espanha não é um segredo, considerando diferenças desafiadoras entre nações parceiras desde que a Itália eo Reino Unido, também parceiros do F-35 e futuros parceiros do Team Tempest com a Suécia, começaram a negligenciar seus compromissos feitos no desenvolvimento das atualizações do Eurofighter Typhoon. Para isso, qualquer cliente de exportação, comprometido e convencido pelas soberbas capacidades da aeronave a longo prazo, seria crítico para a manutenção da aeronave.
FONTE: latamilitary.com