Mockup do caça Tempest

Conceito do caça Tempest

LONDRES – A Suécia está pronta para unir forças com a Grã-Bretanha na corrida pelo desenvolvimento de um futuro avião de caça europeu, uma iniciativa que dará ao programa um impulso muito necessário, segundo várias pessoas próximas à situação.

Um anúncio da colaboração da Suécia no projeto deve ser feito no final deste mês no Royal International Air Tattoo (RIAT), o encontro anual de verão da indústria de defesa aérea na base RAF Fairford, disseram duas pessoas com conhecimento da decisão.

Revelado no show aéreo de Farnborough em julho passado, o Tempest é a peça central da estratégia britânica de combate aéreo e foi projetado para ressaltar a intenção do país de manter sua tecnologia de ponta, apesar do Brexit, depois de ter sido deixado de fora de um futuro projeto de avião de combate franco-alemão.

O governo britânico anunciou em julho passado que, junto com a indústria, comprometeria um total de £ 2 bilhões para o projeto, mas os ministros não fizeram segredo de que a Grã-Bretanha precisa de parceiros internacionais. A Suécia já foi mencionada junto com a Itália, o Japão e a Turquia. A ambição ainda é de incluir outros países e transformá-lo em um genuíno programa multinacional, segundo pessoas próximas à situação.

O Ministério da Defesa (MoD) deve definir os próximos passos do programa em Riat, mas não oferecerá mais financiamento. O jato será construído em colaboração com o MoD pelas empresas de defesa BAE Systems, Rolls-Royce, a empresa de armas MBDA e o braço britânico da Leonardo da Itália. Espera-se que o envolvimento do governo sueco leve a Saab, empresa de defesa da Suécia, a se unir como um parceiro industrial.

Falando em um debate sobre a estratégia britânica de combate aéreo em Westminster, no final de junho, o ministro das aquisições de defesa, Stuart Andrew, disse que “atualizações detalhadas” serão fornecidas na Riat em 19 de julho.

O MoD se recusou a comentar, assim como um porta-voz do Ministério da Defesa da Suécia. BAE e Saab também se recusaram a comentar.

FONTE: Financial Times

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