WASHINGTON — A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) identificou um novo risco potencial que a Boeing deve tratar em seu 737 MAX antes que o jato aterrado possa retornar ao serviço, disse a agência à Reuters na quarta-feira.

O risco foi descoberto durante um teste em simulador, disseram à Reuters fontes com conhecimento do assunto.

Duas pessoas informadas sobre o assunto disseram à Reuters que um piloto de testes da FAA durante um teste de simulação na semana passada estava realizando cenários para ativar intencionalmente o sistema de prevenção de stall do MCAS. Durante uma ativação demorou um longo período para recuperar o sistema de estabilização que é usado para controlar a aeronave, disseram as pessoas.

Não ficou claro se a situação que resultou em um mergulho não comandado pode ser resolvida com uma atualização de software ou se é um problema de microprocessador que exigirá uma substituição de hardware.

A nova emissão significa que a Boeing não realizará um voo de teste de certificação até 8 de julho, disseram as fontes, e a FAA gastará pelo menos duas ou três semanas revisando os resultados antes de decidir se devolverá o avião ao serviço.

No mês passado, representantes da FAA disseram aos membros do setor de aviação que a aprovação dos jatos 737 MAX poderia acontecer no final de junho.

“Na edição mais recente, o processo da FAA foi desenvolvido para descobrir e destacar riscos potenciais. A FAA descobriu recentemente um risco potencial que a Boeing deve mitigar”, disse a FAA no comunicado enviado à Reuters.

Declaração da Boeing sobre o software 737 MAX

CHICAGO — A segurança de nossos aviões é a maior prioridade da Boeing. Durante a revisão da FAA da atualização de software do 737 MAX e de sessões recentes de simuladores, a Federal Aviation Administration (FAA) identificou um requisito adicional que pediu à empresa para resolver as mudanças de software que a empresa vem desenvolvendo nos últimos oito meses.

A revisão da FAA e o processo de devolução do 737 MAX ao serviço de passageiros são projetados para resultar em uma avaliação completa e abrangente.

A Boeing concorda com a decisão e solicitação da FAA e está trabalhando no software necessário. Abordar essa condição reduzirá a carga de trabalho do piloto contabilizando uma fonte potencial de movimento do estabilizador não comandado.

A Boeing não oferecerá o 737 MAX para certificação pela FAA até que tenhamos satisfeito todos os requisitos para certificação do MAX e seu retorno seguro ao serviço.

FONTE: Boeing Co.

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