Boeing é processada por mais de 400 pilotos em ação coletiva sobre o 737 MAX
Mais de 400 pilotos se juntaram a uma ação coletiva contra a fabricante de aviões Boeing, pedindo indenização de milhões sobre o que alegam ser o “encobrimento sem precedentes” das “falhas de design conhecidas” da última edição de seu jato mais vendido, o 737 MAX.
A série 737 MAX da Boeing – anunciada pela primeira vez em 2011 e colocada em serviço em 2017 – é a quarta geração de suas aeronaves 737, um modelo de aeronave narrow-body amplamente popular que tem sido um dos pilares das rotas de aeronaves de curta distância em todo o mundo.
Em março de 2019, toda a frota global foi suspensa por um decreto presidencial dos EUA, após o segundo acidente fatal envolvendo um 737 MAX que matou 157 pessoas na Etiópia.
O primeiro acidente envolvendo o jato 737 MAX ocorreu na costa da Indonésia em outubro de 2018, matando 189 pessoas.
No tempo desde os dois acidentes fatais, algumas das famílias das 346 pessoas que morreram buscaram indenização, enquanto as companhias – como a Norwegian Air – buscaram indenização do fabricante americano por perda de receita como resultado do aterramento global do avião.
Este último processo movido contra a Boeing marca a primeira ação coletiva apresentada por pilotos qualificados para pilotar a série 737 MAX, que alegaram que as decisões da Boeing fizeram com que eles sofressem com perdas monetárias e sofrimento psíquico desde a suspensão do jato.
O requerente originário, conhecido como Pilot X – que optou por permanecer anônimo por “medo de represálias da Boeing e discriminação de clientes da Boeing” – apresentou a declaração de reivindicação no dia 21 de junho, que pede indenização por eles e mais de 400 colegas que trabalham para a mesma companhia aérea.
Nos documentos dos tribunais vistos pela ABC, a alegação afirma que a Boeing “se envolveu em um encobrimento sem precedentes das falhas de design conhecidas do MAX, que previsivelmente resultaram nas quedas de dois aviões MAX e subsequente aterramento de todas as aeronaves MAX em todo o mundo”.
Eles argumentam que “sofrem e continuam a sofrer significativas perdas saláriais, entre outros danos econômicos e não econômicos”, desde o aterramento global da frota.
A ação coletiva será ouvida em um tribunal de Chicago, com data marcada para 21 de outubro de 2019.
FONTE: Australian Broadcasting Corp.