Saab testará pod ‘jammer’ de ataque eletrônico no Gripen
A Saab realizará no final deste ano um primeiro voo de teste de um Gripen C/D carregando um jammer de ataque eletrônico, já que ele tem oportunidades de vendas potenciais com as forças aéreas europeias
Um produto da família de equipamentos de guerra eletrônica Arexis da Saab, o jammer de banda baixa está contido dentro de um casulo de demonstração de 4 m de comprimento e pesa 350 kg (770 lb).
O trabalho de desenvolvimento e os testes de solo foram conduzidos nas instalações da Saab em Estocolmo, juntamente com a instalação experimental em um pilone da estrutura externa do Gripen. Superfícies semelhantes a asas serão usadas para conter suas antenas de baixa frequência.
“Nosso foco no momento é fazer o jammer de escolta – um pod para equipar algumas aeronaves para acompanhar um pacote de ataque”, diz Petter Bedoire, diretor de marketing e vendas de guerra eletrônica da Saab. Atualmente, essas tarefas devem ser executadas pela frota da Boeing EA-18G Growler, da Marinha dos EUA, observa ele.
Também está sendo desenvolvida uma versão destacável de jammer, que Bedoire descreve como “uma mosca irritante”, baseada em sua capacidade de gerar um alvo falso para confundir sistemas de defesa aérea inimigos.
A linha Arexis adapta equipamentos instalados no desenvolvimento do Saab Gripen E. Bedoire descreve o conjunto de sensores de nova geração – que já passou por extensos testes aéreos – como “de longe o mais avançado sistema de guerra eletrônica já instalado em um caça”. Os chamados sistemas de receptor e transmissor de quadrante, alojados dentro dos pilones nas pontas das asas da aeronave, podem fornecer uma capacidade de “spotlight jammer”, observa ele.
Embora o teste inicial de voo seja realizado a bordo de um Gripen antigo, a Saab também está promovendo a linha Arexis para uma possível integração em outros tipos de aeronaves, incluindo potencialmente o Eurofighter. A Alemanha tem um requisito Lubis para adquirir uma nova capacidade de jammer, e Bedoire diz que alguns trabalhos de estudo de instalação já foram realizados para avaliar o uso potencial dos equipamentos da empresa sueca com o Eurofighter ou o Panavia Tornado.
A Saab planeja realizar uma série de demonstrações de clientes com o equipamento, diz Bedoire, observando: “Dentro da Otan, há um aumento no interesse por essa capacidade”.
Rivais, incluindo a Elettronica e a Thales, também estão desenvolvendo equipamentos similares, mas Bedoire diz que, excluindo os ativos de propriedade norte-americana, “não existe hoje capacidade militar qualificada na OTAN”. A Saab acredita que poderia entregar um sistema operacional dentro de 12 meses a partir da obtenção de uma encomenda de lançamento, acrescenta.
FONTE: FlightGlobal