Os caças F-5 da USAF no Vietnã
O primeiro caça F-5 foi entregue à Força Aérea dos EUA (USAF) em 1964, onde começou a operar no 4441st Combat Crew Training Squadron. Essa unidade era usada para treinar os pilotos estrangeiros das forças aéreas que estavam recebendo o F-5 Freedom Fighter pelo MAP (Military Assistance Program).
Em 1965, a USAF solicitou ao DoD a autorização para avaliar o F-5 em combate, cuja programa acabou sendo conhecido como Operação “Skoshi Tiger”.
O treinamento do pessoal e as modificações nos F-5A foram feitas em 3 meses e em 20 de outubro de 1965, 12 caças F-5 partiram da Base Aérea de Williams para o Vietnã do Sul.
Eles cruzaram o Pacífico acompanhados por aviões-tanque KC-135 e depois de descansarem nas bases Hickan e Anderson, chegaram a Bien Hoa no dia 23. Os F-5 voaram a primeira missão de combate cinco horas depois da chegada no Teatro de Operações.
As missões realizadas durante a avaliação incluíram apoio aéreo aproximado, interdição, reconhecimento armado, supressão de fogo antiaéreo e escolta de aeronaves. Eles também fizeram missões MiG CAP, mas infelizmente, não encontraram nenhum MiG.
A maioria das missões foi realizada com o lançamento de bombas de 500 e 750 libras, com cargas de 908 a 1.362kg, contra alvos a 180 milhas náuticas (333km) de distância, sem reabastecimento em voo (REVO). Missões sobre o Laos e Vietnã do Norte precisaram de REVO.
O F-5 foi muito elogiado e considerado o menos vulnerável da zona de combate. Foi o avião com maior disponibilidade para o voo e o que exigia o menor número de homens hora para manutenção. Foram voadas 62,5h por aeronave mensalmente, com 11,9 homens/h de manutenção no início da avaliação e 6,5 homens/h no final da avaliação. O recorde de tempo para troca de motor em campo foi batido, com a marca de 1h e 15min para remoção, substituição e teste de voo.
Durante a avaliação, os F-5 voaram mais de 3.500 sortidas, registrando mais de 4.000h de voo em combate. Dois F-5 foram abatidos pelo fogo antiaéreo.
O desempenho marcante do F-5 no Vietnã levou a USAF a estudar uma nova versão, que acabou se tornando o F-5E Tiger II.