ENL: Mirage F1 abatido na Líbia era pilotado por cidadão português

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O Exército Nacional Líbio (ENL) afirmou hoje (7) que o avião abatido a sul de Trípoli pertencia à Operação Sophia, da União Europeia, e garantiu que libertará imediatamente o piloto, supostamente de origem portuguesa, noticiou o canal Al Arabiya.

“Preocupamo-nos com a segurança do piloto português e tratamo-lo como convidado e não como prisioneiro. O que aconteceu foi um erro devido ao estado de guerra em que vivemos e vamos entregá-lo à Operação Sophia imediatamente”, diz o porta-voz do ENL Ahmed Mismari, em comunicado citado pela estação.

Segundo o ENL, do marechal Khalida Haftar, o aparelho abatido era um avião de vigilância usado para monitorizar as rotas de tráfico de migrantes no Mediterrâneo.

A operação Sophia tem como missão a identificação, captura e eliminação de navios usados ou suspeitos de serem usados para o tráfico de migrantes no Mediterrâneo.

“Vamos entregar o piloto português ao seu país imediatamente após tratados os seus ferimentos, e agradecemos o trabalho dos nossos irmãos europeus na luta contra a imigração ilegal”, acrescentou Mismari.

As forças leais ao marechal Khalida Haftar anunciaram inicialmente ter abatido na Líbia um avião das forças leais ao Governo reconhecido pela ONU e capturado o piloto, que afirmaram ser de origem portuguesa, segundo noticiou então a agência turca Anadolu.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Defesa português disse que “não se trata de qualquer militar que esteja integrado numa operação da Força Aérea naquela zona”.

O ENL divulgou imagens do piloto, que parece ferido, e numa dessas fotografias pode ver-se o comandante das operações militares do ENL na região oeste, general Abdessalem al-Hassi, segundo a agência francesa AFP.

Num vídeo, um dos combatentes do ENL pergunta ao piloto em inglês se é militar e ele responde: “Não. Sou um civil”.

A guerra civil na Líbia opõe as forças do Governo de Acordo Nacional, reconhecido por alguns países ocidentais, ao Exército Nacional Líbio proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio que ordenou, em 04 de abril, a conquista da capital, Tripoli.

Segundo as Nações Unidas, os confrontos já causaram pelo menos 432 mortos, 2.069 feridos e mais de 55 mil deslocados.

Os dois lados acusam-se mutuamente de recorrer a mercenários estrangeiros e de beneficiar do apoio militar de potências estrangeiras.

FONTE: Portugal digital (fotos meramente ilustrativas)

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