Pentágono encerra treinamento de pilotos afegãos por causa de deserções dentro dos EUA
As Forças Armadas dos EUA não podem mais rastrear quanto território o governo afegão controla, mas há pelo menos uma métrica definida de sucesso: pilotos afegãos do AC-208 Combat Caravan não serão mais treinados nos Estados Unidos porque mais de 40% dos alunos que treinam para pilotar o avião acabam desertando dentro das fronteiras dos EUA.
Esta última novidade encontra-se no relatório recente do Inspetor-Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão sobre o (falta de) progresso no Afeganistão.
“Os alunos que não desertaram foram levados de volta ao Afeganistão para completar o treinamento: como resultado, apenas uma turma se formou no programa americano”, diz o relatório. “A segunda e terceira classes continuarão e terminarão seu treinamento no Afeganistão.”
O AC-208 é essencialmente um Cessna que carrega alguns mísseis Hellfire. Depois que os militares norte-americanos se retiraram do Iraque em 2011, a Força Aérea do Iraque usou um punhado de aeronaves para enfrentar terroristas do ISIS, porque faltavam helicópteros de ataque e caças a jato adequados.
Os aficionados dos esforços militares norte-americanos para treinar tropas afegãs encontrarão essa última revelação familiar. Dois pilotos afegãos de A-29 Super Tucano desapareceram em dezembro de 2015 enquanto treinavam na Moody Air Force Base, na Geórgia. Antes disso, três oficiais afegãos desaparecidos em Cape Cod foram encontrados perto das Cataratas do Niágara, na fronteira com o Canadá. A um dos oficiais foi posteriormente concedido asilo.
A primeira piloto de asa fixa do Afeganistão também recebeu asilo nos Estados Unidos em 2018.
FONTE: Task & Purpose