Caças F-16 Fighting Falcons, F-15C e F-15E Eagles voam sobre os campos de petróleo em chamas durante a Operação Desert Storm no Iraque, em 1991

Quando o Irã e o Iraque encerraram uma brutal guerra de 8 anos em 1988, a Força Aérea Iraquiana havia lutado bem. Em 1991, era uma das maiores forças aéreas no sudoeste da Ásia, com mais de 700 aeronaves de combate de asa fixa.

O Iraque havia comprado aeronaves de caça novas e muito capazes, incluindo MiG-29s da União Soviética e Mirage F-1s da França. O país também tinha melhorado suas bases aéreas, aumentando o tamanho e o número de suas pistas e construído
centenas de abrigos endurecidos de aeronaves para protegê-las em caso de ataque.

Na Operação Desert Storm em 1991 para libertar o Kuwait das forças iraquianas, as forças aéreas da Coalizão liderada pelos EUA destruíram cerca de 140 aviões de combate iraquianos, 105 dos quais foram destruídos no solo. O restante dos aviões iraquianos conseguiu fugir para o Irã para escapar da campanha de bombardeio.

Os caças da Coalizão destruíram 33 aviões iraquianos em combate aéreo, segundo o Center for Strategic and Budgetary Assessments (CSBA). As perdas iraquianas incluíram oito MiG-23s, seis Mirage F-1s, seis MiG-29s, quatro SU-22s, dois SU-25s, dois MiG-25s, dois MiG-21s, um PC-9, um IL-76 e um SU-7.

Destes 33 aviões, 27 foram engajados e abatidos com auxílio de aeronaves de alerta aéreo antecipado (AWACS).

Dezesseis (16) aviões iraquianos foram destruídos em combate BVR, além do alcance visual.

Dezessete (17) foram abatidos em combate no alcance visual (WVR), com cinco (5) deles exigindo manobras de combate aéreo. Mas a detecção de longo alcance proporcionou aos pilotos da Coalizão tempo para se posicionarem vantajosamente para disparos sem precisar puxar Gs significativos.

Nos engajamentos BVR, o maior alcance de detecção foi de 42 milhas (o alcance máximo do radar do F-15 Eagle na época).

Caças F-15 Eagle lançando mísseis AIM-7 Sparrow

O engajamento de maior alcance foi de 16 milhas (a média foi de 10 milhas), que era uma limitação do míssil ar-ar BVR da época, o AIM-7 Sparrow, pois o míssil AMRAAM ainda não estava disponível.

Como comparação, o abate BVR de maior alcance até hoje foi feito por um F-14 iraniano nos anos 80, a 62 milhas de distância.

Nos combates aéreos na Guerra do Golfo os aviões americanos não ultrapassaram os 650 nós de velocidade durante os engajamentos.

Os caças americanos F-14, F-15 e F/A-18 lançaram 88 mísseis AIM-7 Sparrow durante a campanha, para obter 24 “kills”, o que dá uma Pk (Probability of a Kill) de 27%.

Em praticamente todos os abates documentados usando mísseis BVR, as aeronaves inimigas “cooperaram”, pois não sabiam que estavam sendo detectadas ou que um radar inimigo estava travado nelas.

Em contrapartida, os iraquianos conseguiram obter o primeiro “kill” em combate ar-ar da guerra. Um MIG-25PDS, pilotado pelo tenente Zuhair Dawood, do 84º Esquadrão de Caça, derrubou um F/A-18 Hornet da Marinha dos EUA do Esquadrão VFA-81 na primeira noite do conflito.

O segundo “kill” obtido pelos iraquianos foi registrado por um piloto chamado Jameel Sayhood voando um MIG-29. Ele abateu um Tornado GR.1A da Royal Air Force com mísseis R-60.

Um MiG-29 iraquiano destruído no solo pelas forças da Coalizão durante a Operação Desert Storm
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