Oferta da indústria para o radar AESA do Eurofighter será feita esse mês
PARIS – O consórcio da indústria que desenvolve o novo radar AESA para o Eurofighter deve apresentar sua oferta para a produção e modernização do radar Captor-E até o final do mês.
A oferta será submetida à NETMA, a agência executiva do programa, e poderá ser seguida de uma ordem de produção em meados de 2019, de acordo com o relatório do Ministério da Defesa alemão sobre programas de armamentos, divulgado em 7 de dezembro. A NETMA Eurofighter e Tornado Management Agency – gerencia os dois programas em nome dos governos do Reino Unido, Alemanha, Espanha e Itália.
O consórcio Captor-E está desenvolvendo o radar AESA sob um contrato de € 1 bilhão concedido em 19 de novembro de 2014, à Eurofighter Jadgflugzeug GmbH pela NETMA, e completou o desenvolvimento de hardware em junho, afirma o relatório.
Nenhuma decisão de produção foi tomada ainda para os quatro países parceiros, mas como os Eurofighters a serem entregues ao Kuwait no final de 2020 serão os primeiros com o radar AESA, os radares de produção iniciais devem ser entregues em 2019.
No entanto, houve atrasos no desenvolvimento de software complexo devido a restrições de recursos, e seus efeitos estão sendo examinados para que as etapas necessárias de mitigação possam ser resolvidas, acrescenta o relatório.
Isto significa que a data prevista para o retrofit do radar Captor-E em Eurofighters alemães, embora tenha sido adiada para 2022, pode, no entanto, ser realizada.
As atualizações do programa Eurofighter, incluindo eliminação de obsolescência, desenvolvimento do EURODASS, adaptação de papel e integração do míssil Meteor adicionaram € 585 milhões à estimativa inicial, de acordo com o relatório, enquanto o radar AESA adicionou € 78 milhões para custos da Alemanha.
A fim de cobrir as necessidades das quatro nações, o desenvolvimento do radar incluiu um receptor multicanal (MCR) e, em setembro de 2017, a indústria foi convidada a apresentar uma oferta relacionada até o final de 2018.
Enquanto isso, “as conseqüências dos atrasos indicados pela indústria no desenvolvimento contínuo do radar AESA e as medidas de mitigação propostas pela indústria devem ser cuidadosamente analisadas e avaliadas criticamente”, acrescenta o relatório.
O futuro do programa é complicado pelo fato de que, enquanto a Alemanha está complementando o desenvolvimento em curso com um receptor multicanal, o Reino Unido, por outro lado, continua a exigir um novo desenvolvimento de radar focado na aplicação de guerra eletrônica.
“Em termos de política de armamento, as principais tecnologias no campo dos sensores de reconhecimento usam sistemas desenvolvidos e protegidos pela Alemanha, cuja disponibilidade é de interesse substancial em segurança para a República Federal da Alemanha”, segundo o relatório. “As ações do programa de desenvolvimento e fabricação do radar AESA contribuem para manter a capacidade nacional de engenharia e fabricação neste segmento.”
FONTE: Defense-Aerospace.com