Nesta quinta-feira (21), na empresa Lockheed Martin no Texas ocorrerá a cerimônia de entrega à Turquia de dois caças de quinta geração F-35. A entrega será efetuada apesar da suspensão da participação da Turquia do programa de produção do caça F-35 pelo Senado norte-americano.

Entretanto, segundo o especialista do The Drive, Joseph Trevithick, a entrega dos aviões não passa de um “show”, já que a Turquia não poderá utilizar os novíssimos caças.

“Existe um rumor não confirmado que o chefe do Departamento de Defesa dos EUA James Mattis comunicou a seus colegas turcos que, caso eles recebam os F-35, os aviões nunca vão funcionar”, escreveu o analista.

De acordo com Trevithick, pelo visto, os EUA pretendem entregar à Turquia os F-35 com o sistema ALIS (Sistema de Informação Logística Autônoma) limitado. Mesmo que o parceiro dos norte-americanos consiga assegurar o funcionamento de seus F-35 sem o ALIS, a ausência de peças de reposição excluirá a chance de utilizar os F-35 durante muito tempo.

O especialista concluiu que as “consequências financeiras e logísticas” da provável suspensão da Turquia do programa JSF (Programa Conjunto do Caça de Ataque), que prevê a substituição dos caças de quarta geração dos EUA e seus aliados por outros de quinta geração, podem ser pesadíssimas para a OTAN e exigirem anos para serem resolvidas.

A Turquia participa do projeto de produção do F-35 junto com outros oito países. O país deveria investir no desenvolvimento da aeronave cerca de 11 bilhões de dólares, dos quais Ancara já encaminhou cerca de $ 800 milhões. Os EUA, por sua parte, deveriam fornecer à Turquia 100 caças de quinta geração.

As relações entre Ancara e Washington se agravaram em dezembro de 2017, quando representantes russos e turcos assinaram um contrato de fornecimento de sistemas S-400. Os Estados Unidos e outros países-membros da OTAN criticaram repetidamente a Turquia pela decisão, afirmando que tal poderia afetar a entrega dos F-35 a Ancara.

FONTE: sputniknews.com

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